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14J CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Mesmo com traição da UGT e Força Sindical, trabalhadores do transporte estão parando contra reforma da previdência
Felipe Guarnieri
Diretor do Sindicato dos Metroviarios de SP
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Em várias cidades do país o transporte não funcionou. Os metroviários de São Paulo estamos mantendo nossa greve mesmo que as direções dos sindicatos de rodoviários e dos trens, especialmente da UGT e da Força Sindical, tenham traído a paralisação nacional. Vimos, mesmo assim, em cada piquete o forte apoio da população de uma greve que também conta com paralisações das escolas, de fábricas, de refinarias em várias partes do país.

Até agora a UGT apoiava a reforma da previdência de Bolsonaro; ao não ver seus interesses de cúpula atendidos pelo governo, anunciou participar do 14J como forma de pressão para que o governo voltasse à negociação, não sem antes soltar um comunicado praticamente pedindo desculpas a Bolsonaro. "Mesmo com essa tragédia toda, nós, da UGT, ainda acreditamos que o melhor caminho é o diálogo". Assim é que a burocracia da UGT preparou seu recuo em nome do diálogo com o governo contra os trabalhadores.

A força da greve é nas ruas: não podemos ficar em casa como quer a CUT (dirigida pelo PT), precisamos de atos massivos nas principais capitais do país, buscando consolidar a aliança com a juventude e ganhar o apoio de toda a população contra a reforma da previdência.

Em algumas capitais importantes como Curitiba e Recife os sindicatos de rodoviários, como o de São Paulo, também levantaram a greve. Mas os trabalhadores mesmo assim conseguiram paralisar os transportes nestas cidades. BH paralisou totalmente as 19 estações do metrô; Recife o metrô parou também. Além de Salvador, Curitiba, Londrina e Maringá os ônibus pararam. Essa disposição de luta, se enfrentando com as direções burocráticas mostram nossa força e potencial.

Não é à toa que sejam esses sindicatos de rodoviários que traiam a greve. Eles são dirigidos pela Força Sindical e pela UGT. Essa última central oficialmente cancelou sua participação na greve geral para negociar nossos direitos com Bolsonaro. A Força Sindical também tenta sair da greve para negociar nossos direitos. Seu presidente de honra, Paulinho da Força, diz que nossa mobilização não poderia derrotar a reforma mas somente “desidrata-la”.

Com nossa força nas ruas, com as greves que não aceitaram essa traição dizemos um alto e claro “não em nosso nome”.

Essa posição destas centrais também é continuada, de outro modo, pela CUT e CTB que se colocam contra a Reforma da Previdência, mas seus governadores dos estados do Nordeste publicaram carta de apoio à reforma.

Precisamos unir a força das categorias que podem parar o país com a força da juventude em grandes atos em todas as capitais nesta tarde. É preciso dar continuidade à greve com um plano de luta que derrote a reforma da previdência e todo plano do golpismo.

 
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