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Sãos eles ou nós: que os capitalistas paguem pela crise – Chapa CONUNE USP 2019
Redação

Quem somos?

Somos dezenas de estudantes, trabalhadores, mulheres, negros e LGBT+ de diversos cursos da USP. Nossa chapa é composta por militantes da Juventude Faísca, do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, do Movimento Revolucionário de Trabalhadores e independentes que, juntos, lutam contra toda forma de opressão e exploração, defendendo os direitos da juventude e dos trabalhadores, na luta por uma nova sociedade.

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Se aliar à classe trabalhadora para tomar a greve geral do dia 14 de junho nas nossas mãos!

Derrotar o pacto entre Bolsonaro, Centrão e STF, quer querem aprovar a reforma da previdência e os ataques à educação!

Somos parte da geração de jovens que saiu às ruas contra o golpe, as reformas, a LGBTfobia, o machismo, o racismo e os ataques à educação e, no ano passado, gritamos bem alto #EleNão. Somos parte da revolução das filhas pelo direito ao aborto, das imigrantes das negras, das trabalhadoras precárias, que jamais abaixaram a cabeça frente a um mundo em convulsão. Batalhamos também contra as perseguições e deturpações burguesas à imagem das grandes revoluções e de grandes revolucionários, como Marx, Rosa e Trotski. Batalhamos por um Movimento Estudantil que volte a fazer história ao lado da classe trabalhadora, como foi em maio de 1968, na luta contra a ditadura e em tantos outros momentos em que os estudantes colocaram o conhecimento produzido nas universidades a serviço dos trabalhadores.

Em diversos estados do país, nos propomos a ir ao CONUNE com o objetivo de batalhar para que o Movimento Estudantil volte a cumprir um papel histórico na luta contra Bolsonaro e seus aliados, com a consciência de que, nessa crise que vivemos: São eles ou nós! Que os capitalistas paguem pela crise.

Nossa inspiração vem de várias partes do mundo

Diante da crise capitalista, a juventude se levanta contra a precarização da vida e da educação em diversos países. Nos EUA, aumenta a simpatia pelo socialismo; na Argélia, os jovens são linha de frente na luta contra a ditadura; em vários países europeus, se levantam contra a destruição do meio ambiente; e na Argentina, a maré verde volta a tomar as ruas. Em todo o mundo, a juventude mostra que não vai aceitar a precarização de suas vidas às custas dos lucros dos capitalistas.

Ao lado dos trabalhadores para derrotar o pacto entre Bolsonaro, Centrão e STF, que querem aprovar a reforma da previdência e os ataques à educação

Direto dos porões da ditadura, Bolsonaro e a extrema direita chegaram ao poder após o golpe institucional, por meio de eleições manipuladas pelo Judiciário autoritário que prendeu Lula. Eles escolheram a educação como um de seus principais inimigos e atiçaram um tsunami da juventude no 15M. Com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas nesse dia, mostramos o nosso potencial para enfrentar os que querem entregar o país ao imperialismo e acabar com o nosso futuro.

Diversas alas do regime vêm disputando qual a melhor forma da burguesia passar seus ataques contra a juventude e a classe trabalhadora. Depois que mostramos nossa força nas ruas, Bolsonaro recuou parcialmente nos cortes à educação e agora vem articulando um grande pacto pela reforma da previdência, juntamente com o centrão liderado por Rodrigo Maia e o STF golpista. Querem fazer a juventude, os trabalhadores, as mulheres, negrxs e LGBT+s, que estão nos piores postos de trabalho e sofrendo com o desemprego, trabalharem até morrer sem se aposentar. Contra os ataques de Bolsonaro, do Centrão e do judiciário autoritário é fundamental a unidade em uma só luta entre trabalhadores e estudantes.

Por uma universidade a serviço dos trabalhadores e de toda população

Hoje, o discurso da extrema direita busca "isolar" as universidades, apoiando-se no fato de que, historicamente, se constituíram separadas da maioria da população. Em São Paulo, o PSDB do reacionário João Doria encabeça uma CPI das Estaduais Paulistas contra as universidades públicas. Em 2019, mais de 160 mil jovens ficaram de fora das faculdades por causa do vestibular da USP. Os anos de governo do PT abriram espaço para a formação de grandes monopólios privados, como a Kroton-Anhanguera, endividando a juventude via FIES e garantindo isenções bilionárias para essas empresas através do ProUni. A UNE, nesse período, constituiu-se como braço esquerdo desse programa e foi conivente com essa poltica. Agora, essas empresas vêem sua oportunidade de ouro com Guedes, Weintraub, Bolsonaro e Doria, querem radicalizar o projeto de educação privatizada, colocando em xeque as cotas e medidas como o ProUni e o FIES. Contra os ataques dos governos e da reitoria, sempre estamos em todas as lutas da universidade, ao lado dos trabalhadores da USP e de seu sindicato, o SINTUSP.

Mais do que nunca, é preciso radicalizar o acesso à universidade, colocando-a a serviço dos interesses da classe trabalhadora e da população. Precisamos estar na linha de frente de rechaçar essa CPI das Estaduais Paulistas, defendendo as cotas étnico-raciais em todas as universidades e o perdão imediato das dívidas da juventude no FIES. Isso deve nos servir de ponto de apoio para levantar o fim do vestibular, que é um verdadeiro filtro social e racial, e a estatização das universidades privadas. Todos devem ter direito a estudar, sem ter que pagar.

Se aliar com a classe trabalhadora para tomar a greve geral nas nossas mãos
A força para derrotar esses ataques passa centralmente por nos aliarmos com a classe trabalhador em primeiro lugar, construindo uma forte Greve Geral no dia 14 de junho. Nossa luta é para que a UNE organize os estudantes desde a base ao lado dos trabalhadores nesse dia.

A direção majoritária da UNE, que está na gestão o DCE da USP desde 2018, é composta pelo PCdoB (UJS), que apoiou o Rodrigo Maia para a presidência da Câmara; pelo Levante Popular da Juventude, que segue a política petista; e pelo PT, que tem governadores apoiando a reforma da previdência e até mesmo a cobrança de mensalidade nas universidades públicas. A politica levada por essas organizações se materializa na forma burocrática com que essas organizações conduzem a UNE, o nosso DCE e tantas outras entidades pelo país. Pois temem que a organização dos estudantes possa superar seu controle e sua política de acordões e conciliação, que abriu espaço para direita golpista.

O PT e PCdoB também dirigem a CUT e a CTB, mas não organizam, com assembleias de base, a força da classe trabalhadora e da juventude para lutar contra o pacto que vem sendo acordado pelos políticos capitalistas. Fazem apenas pressão para negociar seus interesses (como a manutenção do imposto sindical) e buscam apenas “melhorar” a reforma da previdência, assim como Tabata Amaral (PDT).

Depois de muita paralisia, a direção da UNE chamou a mobilização do 15M, que mostrou nossa disposição de luta contra os ataques à educação, mas segue sem construir uma verdadeira unidade pela base, chamando calendários por cima e separando estudantes dos trabalhadores. Não podemos confiar nessas direções. Os rumos da luta precisam ser decididos pela base, com nossas entidades colocando todas as suas forças para construir assembleias e espaços de auto-organização que cheguem à ampla maioria dos estudantes. E para que tomemos os rumos da luta em nossas mãos, exigimos que a UNE garanta a convocação de um comando nacional de delegamos eleitos nas bases.

A Oposição de Esquerda da UNE não se apresenta como alternativa

O PSOL e suas correntes de juventude (Afronte, Juntos e RUA), juntamente com organizações como PCB e PCR, se dizem oposição de esquerda à direção majoritária da UNE, e também estão construindo chapas nessa eleição. Mas, na prática, muitas vezes repetem a lógica burocrática com que a UJS, o PT e o Levante conduzem as entidades. E não batalham de forma contundente para que convoquem uma luta unificada pela base, exigindo que essas direções cumpram o papel de fomentar a organização dos estudantes e trabalhadores.

Chamamos o PSOL e as organizações de esquerda a colocarem as entidades estudantis e sindicais que dirigem, além do seu peso parlamentar e de figuras como Guilherme Boulos, a serviço dessa batalha. Ao invés de encobrir pela esquerda a política da UNE e das centrais e apostar em uma frente parlamentar com partidos burgueses dispostos a apoiar uma reforma da previdência, como o PDT e a Rede.

O PSTU, ao mesmo tempo que encobre pela esquerda a política das centrais sindicais de organizar a luta desde a bases, apoiou as ações que levaram ao golpe institucional e a prisão arbitrária de Lula e continuam defendendo até hoje que não houve golpe. Com uma política dessas, os estudantes estarão totalmente despreparados para enfrentar os ataques de Bolsonaro e dos capitalistas.

Conheça nossas propostas

Revogação imediata dos cortes na educação. Maia verbas para a educação pública.

Se aliar com a classe trabalhadora para tomar a greve geral nas nossas mãos e derrotar o pacto entre Bolsonaro, Centrão e STF para aprovar a reforma da previdência e os ataques à educação.

Combater o projeto de universidade da direita, elitista e racista, a serviço dos empresários. Em defesa das cotas étnico-raciais rumo ao fim do vestibular e a estatização das universidades privadas. Por uma universidade a serviço dos trabalhadores e de toda a população.

Abaixo a CPI das Estaduais Paulistas.

Por uma Estatuinte Livre e Soberana para acabar com a estrutura de poder antidemocrática da universidade, composta hoje por representantes da FIESP e da Fecomercio, em que os estudantes e os trabalhadores não têm voz, estabelecendo uma gestão composta proporcionalmente por professores, funcionários e estudantes, que são maioria na universidade.

Pelo não pagamento da Dívida Pública.

Contra o Pacote Anticrime racista de Sérgio Moro que legaliza a violência policial, especialmente o assassinato da população negra.

Contra a burocracia da direção majoritária da UNE, por uma entidade estudantil que seja um instrumento para fomentar a organização dos estudantes pela base, ao lado da classe trabalhadora.

Pela efetivação dos trabalhadores terceirizados sem concurso público.

Pela liberdade de Lula, abaixo ao autoritarismo judiciário.

Justiça para Marielle, por uma comissão de investigação independente.

Nessa crise, somos nós ou eles!

Os capitalistas e seus governos dizem que a única solução para a crise é atacar os direitos da juventude e dos trabalhadores com a reforma da previdência e os cortes na educação. Porém, mais da metade do orçamento público federal vai para o pagamento da Dívida Pública, que equivale ao orçamento de 250 USPs por ano, uma verdadeira bolsa banqueiro que foi paga por todos os governos, incluindo os do PT.

Com esse dinheiro, seria possível estatizar as universidades privadas e garantir acesso à educação pública para todos. Além da criação de um plano de obras públicas, garantindo a geração de emprego, moradias e serviços públicos de qualidade. Por isso, defendemos o não pagamento da ilegal, ilegítima e fraudulenta Dívida Pública!

 
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