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CHANTAGEM
Chantagem de Bolsonaro e da Bolsa: querem aumentar dívida ou vão dar calote no BPC
Redação

Bolsonaro e Guedes chantageiam, querem dívida e pagar juros para os capitalistas ou vão cortar benefícios de aposentados pobres. A Folha coloca em sua capa a chantagem tentando ajudá-los. Para todos eles ou o congresso permite Bolsonaro aumentar a dívida em vários bilhões de reais ou vai faltar pagamento a aposentados pobres.

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Repetindo a tática de Trump, o governo Bolsonaro partiu para uma chantagem de “falta de pagamentos” para impor sua política. O direitista presidente americano usou o “shutdown” para travar a batalha por recursos para seu xenofóbico muro. O governo Bolsonaro usa do mesmo expediente com outros objetivos: aumentar o endividamento e o rendimentos dos bilionários donos da dívida brasileira e criar um caos que afete sobretudo os aposentados para assim aumentar sua chantagem em prol da reforma da previdência.

Essa chantagem vem na esteira de diversas propostas dos bancos, do FMI, de Paulo Guedes, e diversos outros destacados capitalistas e seus políticos para realizar diversos outros ataques além da Reforma da Previdência.

A chantagem bolsonarista tem um alvo, a aprovação de lei no Congresso que permita o endividamento do país em R$ 146,7 bilhões. Esses recursos – alegam – ser necessários para despesas correntes, como o BPC e diversos planos. No entanto uma lei neoliberal brasileira, conhecida como “Lei de Ouro” impede que dívidas sejam usadas para “gastos correntes”, dívidas novas só podem ser usadas para dívidas velhas e ocasionalmente para algum investimento. Ou seja, o país pode livremente se endividar para honrar seus compromissos com os banqueiros mas nunca para pagar aposentadorias. Para fazer isso o Congresso precisa autorizar.
Ocorre que em meio à batalha pela localização de diferentes “bonapartismos” em meio ao pacto pela reforma da previdência o Congresso estuda negar o pedido de Guedes e Bolsonaro, ou no máximo atende-lo parcialmente, entregando somente R$70 bilhões. A resposta bolsonarista e de Guedes foi clara, cortaram dos pobres e aposentados.

Criando essa ameaça perseguem dois objetivos ao mesmo tempo: 1) forçar o Congresso a ceder e 2) criar um clima de o “país está em colapso” e é preciso fazer a reforma da previdência se não faltará dinheiro para o BPC.
Essa situação que tentam mostrar – com a ajuda da mídia – é uma mentira. Só chegamos em uma situação que pode faltar recursos ao BPC porque todo o orçamento é constrangido para primeiro garantir o superávit primário para a dívida para só depois ver todo o restante. A parte do leão e as “regras de ouro” são sempre em benefício dos donos da dívida.

A chantagem atual e seu destaque na mídia brasileira mostram diversas coisas que são importantes para os trabalhadores terem em mente. Em primeiro lugar que a mídia brasileira faz o mesmo jogo que a americana perante Trump, em diversos aspectos é opositora, mas quando a chantagem tem como objetivo atacar os trabalhadores são todos convergentes. A mídia é parte integral do “pacto” firmado por Maia, Bolsonaro e Toffoli. Outra coisa que fica evidente com este caso é que o orçamento brasileiro está todo constrangido para sempre e em primeiro agradar os donos da dívida pública, a luta pelo direito à aposentadoria – opondo-se a toda reforma da previdência – a luta por verbas para educação e outros direitos, tem que ser uma só luta e ambas partirem para apontar ao cerne do mecanismo de subordinação e rapina do país, a dívida pública.

Para isso é crucial romper a separação das lutas da educação e da previdência como fazem as principais direções do movimento de massas, batalhar por massivas manifestações no dia de hoje (30/05) e tomar em nossas mãos a construção da greve geral do dia 14/06.

 
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