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RUMO AO 30M
30M: Tomar as ruas contra o pacto pela Reforma da Previdência e os cortes na educação
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Unificar a juventude com os trabalhadores contra todos os que querem pactuar pela Reforma da Previdência e os cortes de Bolsonaro à educação.

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Na crise, os capitalistas querem nos impor desemprego, precarização e repressão policial. No último dia 15, a juventude brasileira assumiu a linha de frente contra os ataques do governo Bolsonaro à educação e tem força para apontar uma saída para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise, se unificada aos trabalhadores. Com atos e paralisações, reunimos mais de um milhão em todo o país, que serviram para aprofundar as divisões entre os de cima. Neste dia 30, mais uma vez tomaremos as ruas para lutar contra os cortes, os ataques à ciência e à pesquisa. Enquanto os bolsonaristas disputam com o Congresso, o STF e outros setores da casta política burguesa qual a melhor forma de aprovar a Reforma da Previdência, nosso recado precisa ser claro: nosso futuro não está em negociação, a educação não vai ser moeda de troca pela Reforma. Nossa luta é uma só: contra os cortes de Bolsonaro e todos os que querem pactuar a Reforma da Previdência.

As manifestações reacionárias do dia 26 de Maio foram muito menores do que nossos atos. Mas não podemos nos enganar, pois, ao mesmo tempo, também expressaram relativo êxito do bolsonarismo ao colocar sua base dura nas ruas, mesmo sem a aliança com os golpistas do MBL, Vem pra Rua e parlamentares como Janaína Paschoal. Isso permitiu que Bolsonaro pudesse se relocalizar, em meio às disputas com outros setores políticos como o Congresso e principalmente com Rodrigo Maia, o principal articulador da Reforma da Previdência. Se por um lado anunciou reduzir os cortes e recuou em nos chamar de “idiotas úteis”, porque sabe da nossa força, por outro, manteve a perseguição aos professores, como responsáveis pela “doutrinação de esquerda” dos estudantes. Tenta dividir nossas forças a serviço de um pacto para que trabalhemos até morrer e percamos mais vidas pela bala da polícia racista, que se fortalecerá com o Pacote Anti-crime do Moro.

Nós da juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária defendemos que somente ao lado dos professores e do conjunto dos trabalhadores teremos a força necessária para derrotar esses grandes ataques. Rechaçamos qualquer proposta de Reforma da Previdência que atacará sobretudo as mulheres, os negros e a juventude, incluindo a de Tábata Amaral do PDT, que faz demagogia com a educação. A UNE construiu o dia 15 e o dia 30 somente como dias de luta contra os cortes, separando na prática essa batalha da luta contra a Reforma da Previdência. Juntamente com os diversos estudantes independentes que constroem conosco chapas ao Congresso da UNE, batalhamos pela necessidade de unificação dessas duas pautas em defesa do nosso futuro. Também batalhamos para que a luta da juventude pudesse contagiar e confluir com os trabalhadores, que não foram chamados a parar no 30 pelas centrais sindicais. Essa unidade é a que precisamos para vencer Bolsonaro.

Se hoje a UNE leva adiante essa política de separação entre a luta em defesa da educação da luta contra a Reforma da Previdência, é porque essa entidade é dirigida pela UJS/PCdoB, aliada de Rodrigo Maia, e pelo PT, cujos governadores sentaram com Bolsonaro para negociar a Reforma e que com Rui Costa defende o pagamento de mensalidade nas universidades públicas. Por isso, contra essa política divisionista da UNE, que tenta entregar nosso futuro de bandeja aos capitalistas, precisamos confiar nas forças da nossa mobilização. Se fomos mais de uma milhão nas ruas foi porque nos organizamos desde a base, com assembleias massivas em cada curso, escola, universidade e instituto federal desse país. Essa força precisa seguir se expressando em nossa auto-organização rumo ao 14 de Junho, com as entidades estudantis, e as centrais sindicais precisam convocar assembleias e reuniões para que a classe trabalhadora entre em cena, com a juventude fortemente a seu lado, e tome suas lutas nas mãos.

Por isso, ao invés da frente parlamentar que o PSOL estabelece com partidos burgueses que estão dispostos inclusive a apoiar uma Reforma da Previdência, como o PDT e a Rede, encobrindo com um discurso de esquerda a política da UNE e das centrais, chamamos os companheiros que compõem a Oposição de Esquerda da UNE a construírem conosco essa batalha pela unificação das lutas. Seu peso parlamentar, suas entidades estudantis e sindicais e sua militância precisam estar a serviço de denunciar cada negociata que impede a unidade dos de baixo e exigir da UNE assembleias e um comando nacional de delegados eleitos pela base, que possam decidir os rumos da nossa luta.

A resposta frente à crise exige um programa anticapitalista e anti-imperialista, pelo não pagamento da dívida pública ilegal, ilegítima e fraudulenta que é um verdadeiro roubos dos empresários imperialistas contra o povo brasileiro. Queremos a revogação imediata dos cortes e defendemos a autonomia das universidades frente aos ataques de Bolsonaro, mas não as universidades como são hoje, fechadas à maioria da população e abertas aos grandes empresários. Por isso, nossa luta passa também pela defesa intransigente das cotas étnico-raciais, do fim do vestibular e da estatização das universidades privadas.

 
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