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Contra os cortes na educação e a reforma da previdência
Docentes da UFCG deliberam paralisar dia 30 de maio na perspectiva de fortalecer a greve geral do dia 14 de junho
Gonzalo Adrian Rojas

Em Assembleia geral da categoria realizada nesta quarta-feira, 29 de maio, e organizada pela Associação dos docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), em Campina Grande (PB), deliberou-se por ampla maioria paralisar no dia 30 de maio fortalecendo as condições de preparação da greve convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho, entendendo que a luta contra os cortes é inseparável da luta contra a reforma da Previdência.

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Na mesma assembleia foi aprovada por unanimidade que seja uma paralisação ativa com uma concentração ás 13 h no portão principal da UFCG, uma exposição de trabalhos e realizações acadêmicas, mobilização na Praça da Bandeira a partir das 14 h, para as 16 horas concluir com um ato público em defesa da educação e rumo à greve geral contra a reforma da previdência e em defesa dos direitos no dia 14 de junho.

A deliberação de paralisação no dia 30 de maio durante todo o dia foi aprovada por uma ampla maioria dos docentes numa primeira votação frente a posição daqueles que só pretendiam que apenas se realizasse uma mobilização sem paralisação, e, numa segunda votação, contra a proposta da diretoria do sindicato que pretendia só paralisar no horário da mobilização.

Desde o Esquerda Diário impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT) fiz uma intervenção sobre a conjuntura política para desde o início defender a necessidade de lutar de forma conjunta numa frente única, mas com independência política para golpear num momento em que o movimento de massas aparece em cena com mais de um milhão de pessoas no dia 15 de maio e paralisar também no dia 30 de maio.

Do ponto de vista da análise de conjuntura, mencionamos que não era possível pelo espaço de tempo desenvolver questões de política internacional relevantes como a crise do Brexit, as eleições no Parlamento da União Europeia, as mobilizações na Argélia, ou a retomada da luta pelo movimento de mulheres na Argentina reapresentando pela oitava vez o projeto de lei de interrupção voluntária da gravidez, pelo aborto livre, seguro e gratuito. Focamos nossa intervenção no Brasil mesmo, realizando um balanço das mobilizações do dia 15 de maio e as dos bolsonaristas do dia 26 de maio, além das questões quantitativas, com uma composição de classe diferente e com diferentes objetivos políticos.

Apresentamos que o um milhão de pessoas nas ruas em todo o Brasil no 15M representa a entrada em cena do movimento de massas, enquanto que o governo Bolsonaro tentou através da mobilização sair do isolamento político na superestrutura política do golpe institucional, no marco de uma disputa inter-burguesa daqueles que expressariam um bonapartismo imperial, Bolsonaro e sua família também junto a Moro e os partidários de um bonapartismo institucional que tem Rodrigo Maia como seu principal articulador.

Bolsonaro conseguiu mostrar certa capacidade de mobilização no 26 M num contexto de crise econômica que se aprofunda para negociar desde uma posição de maior força, como ficou evidente no café da manha do qual participaram o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, da Câmara dos senadores, o Presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Toffoli e o Chefe da Casa Civil Onix Lorenzoni assim como o General Augusto Heleno, concluindo que todos defendem a Reforma da Previdência para que os trabalhadores tenhamos que trabalhar até morrer.

Explicamos que as relações de forças não se esgotam pela luta entre frações do regime, um regime que consideramos em ponto de mutação e que mesmo tendo acordo entre as diferentes frações com a reforma da previdência estão divididos em relação ao tipo de regime político no país.

Denunciamos a criminosa atitude da UNE e das principais centrais sindicais para não unificar as datas e que o movimento estudantil, que foi quem impulsionou a chamar a paralisação de amanhã, está mais preocupado pelos votos nas eleições de delegados ao congresso da UNE que na construção de um 30 M ainda mais forte que o do dia 15 de maio. As datas diferenciadas mostram que pretendem separar a luta contra os cortes na educação, o PCdoB e o PT, da luta contra a reforma da previdência.

Desde Esquerda Diário defendemos que é uma mesma luta e que a frente única deve ser realizada enquanto propomos um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, iniciando pelo não pagamento da dívida pública.
Mesmo numa assembleia difícil, deliberou-se por ampla maioria paralisar no dia 30 de maio fortalecendo as condições de preparação da greve convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho.

 
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