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CRISE ECONÔMICA
Dólar segue em alta e Standard & Poor´s retira grau de investimento das dívidas de estados como SP, MG e SC

Novamente, a cotação do dólar seguiu em alta, acompanhando o ritmo de valorização instável apresentada ao longo de toda esta semana.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Nesta sexta-feira, novamente, a cotação do dólar seguiu em alta, acompanhando o ritmo de valorização instável apresentada ao longo de toda esta semana. No fim do dia, o dólar à vista atingiu a cotação de R$ 3,8790, chegando novamente próximo aos R$4,00. Em artigo recente, analisamos as consequências desta valorização para os brasileiros, veja aqui.

Ante a ainda perspectiva de aumento da taxa de juros do FED nos EUA, e o fortalecimento da economia americana que fortalecem o dólar pelo lado de lá, e frente à crise política e econômica que tende a fuga de grandes capitais especuladores do lado de cá, a trajetória de valorização do dólar segue, situação que não se via desde 2002.

S&P tira grau de investimento dos Estados de São Paulo, Minas e Santa Catarina

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou as notas de crédito de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina de BBB- para BB+. Com isso, esses Estados passam a ser classificados como grau especulativo, ou seja pode apresentar dificuldades para adquirirem novos empréstimos para quitarem suas dívidas com o governo federal e bancos estrangeiros.

A S&P também rebaixou a nota de crédito do estado do Rio de Janeiro de BB+ para BB e também da cidade do Rio de Janeiro de BBB para BBB-.

As notas em escala nacional dos estados de São Paulo e Santa Catarina foram rebaixados de brAAA para brAA+, o do estado do Rio de Janeiro foi rebaixado de brAA+ para brAA- e o de Minas Gerais foi rebaixado de brAAA para brAA. A S&P manteve a perspectiva negativa das notas de longo prazo em moeda estrangeira e em escala nacional.

As decisões foram tomadas depois de a S&P rebaixar, na quarta-feira, 9, o rating do Brasil de BBB- para BB+, tirando o grau de investimento soberano, veja matéria aqui. Este rebaixamento das notas de crédito do Brasil foi mais um movimento de pressão do capital internacional para uma ampliação dos ajustes.

Segundo a S&P, diante do cenário de contração econômica do Brasil, o crescimento econômico, os níveis de emprego e as receitas desses governos locais e regionais sofrerão ainda mais no restante de 2015 e em 2016.

Tal declaração da agência de rating S&P, demostra na verdade o ponto de vista dos partidos da ordem: de cortar mais. Na prática sabemos que cortar custos significa cortar os direitos trabalhistas e da juventude, rasgar a CLT, precarização do trabalho e também cortes na educação como já vem ocorrendo. Ao mesmo tempo, rebaixar as notas de dívidas dos estados é uma tentativa de “ramificar” os ajustes que vem acontecendo em nível nacional, para o nível estadual.

Assim como já discutido em alguns artigos do Esquerda Diário, a crise da dívida do Rio Grande do Sul nos mostra como a maior parte dos estados já estão sendo afetados pela crise. De uma dívida de 207 milhões, o estado gaúcho passa a uma dívida de 380 milhões, em que não consegue nem pagar os juros, e desconta esses encargos sobre a população que teve os salários do funcionalismo público parcelados ou até mesmo congelados. Da mesma forma, o rebaixamento das notas de outros estados brasileiros é uma pressão para que os ajustes sejam cada vez mais duros e aplicados em todos as instâncias políticas sobre a população.

Esquerda Diário/ Agência Estado.

 
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