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PRECARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
“Feirão da GLP”: Estado sobrecarrega trabalhadores para resolver a questão das turmas sem professores.
Movimento Nossa Classe, Rio de Janeiro

Neste sábado, dia 25 de Maio, a secretaria de educação do estado do Rio de Janeiro, SEEDUC, realiza o chamado “feirão da GLP”, onde professores de todas as disciplinas irão escolher entre todas as turmas que estão sem aulas no estado para realizar um trabalho de hora extra e com isso “resolver” o problema da carência de turmas sem professores na rede estadual. Precisamos denunciar que isto nada mais é do que jogar a responsabilidade do Estado sob as costas dos professores.

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Neste sábado, dia 25 de Maio, a secretaria de educação do estado do Rio de Janeiro, SEEDUC, realiza o chamado “feirão da GLP”, onde professores de todas as disciplinas irão escolher entre todas as turmas que estão sem aulas no estado para realizar um trabalho de hora extra e com isso “resolver” o problema da carência de turmas sem professores na rede estadual. Precisamos denunciar que isto nada mais é do que jogar a responsabilidade do Estado sob as costas dos professores.

Antes de tudo é preciso destacar que a solução que nossos estudantes merecem para esta carência é que o estado chame todos os professores que foram aprovados nos concursos anteriores, que muitas vezes abandonaram ou foram demitidos de seus empregos; que aumente o salário dos professores que está defasado a cinco anos, aceitando o enquadramento de todos os professores que realizaram pós-graduação, valorizando a carreira docente; e interromper o fechamento de turmas, evitando a superlotação das salas de aula.

É um absurdo a secretaria tentar resolver a questão da carência nas disciplinas chamando a categoria para um feirão de vagas ociosas, sabendo que nós professores muitas vezes precisamos trabalhar de manhã, de tarde e de noite em várias escolas, incluindo particulares, porque o salário não é suficiente para sustentarmos as nossas famílias, principalmente entre aqueles cuja matrícula é de 16 horas. Entendemos a necessidade de solucionar o problema da carência, mas não podemos deixar de denunciar que é inadmissível que o Estado coloque sob nossa responsabilidade completar a carga horária de nossos alunos, aproveitando-se da precarização salarial dos professores para fazê-los trabalhar mais.

Os estudantes merecem que os professores tenham um salário digno para que não precisem fazer jornadas de três turnos em várias e escolas, podendo assim dedicar-se a um melhor planejamento didático de suas aulas. Além disso, preencher, apenas preencher as vagas ociosas não resolve outros problemas estruturais da escola pública, como falta de pessoal de apoio, de coordenação, problemas de manutenção e falta de material e equipamentos para uma melhor qualidade do ensino.

Também é preciso denunciar que a secretaria de educação chamou este feirão na mesma data da assembleia do SEPE, prejudicando assim a participação da categoria na construção da campanha salarial, além de ser uma clara tentativa de esvaziar o debate sobre a participação na luta dos estudantes contra os cortes a educação, na construção da greve geral contra a reforma da previdência e todos os ataques dos governos Bolsonaro e Witzel.

 
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