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CRISE POLITICA
Na corrida pela reforma da previdência, Bolsonaro e Guedes trocam farpas e ameaças
Redação

Paulo Guedes, que busca atacar o direito a aposentadoria e aumentar a idade mínima com a reforma da previdência, diz que vai renunciar ao cargo se a reforma da Previdência pretendida pelo governo virar uma “reforminha” em entrevista publicada no site da revista Veja. E Bolsonaro respondeu “Ninguém é obrigado a continuar como ministro” escalando as tensões na disputa dos poderes do governo de quem irá atacar mais os trabalhadores e a população.

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Foto: Evaristo Sa/AFP - Folha de São Paulo

Guedes é um dos principais articuladores da reforma, que pretende que trabalhemos até morrer para pagar a divida pública a banqueiros e milionários como ele. Ainda provoca dizendo que ele já tem idade para se aposentar, e se a reforma não passar pega um avião e vai morar “lá fora”.

Guedes, no alto das personalidades cruéis e mesquinhas das elites, ameaça pela segunda vez deixar o governo se a reforma da previdência não passar ou for alterada. O ministro dedicou sua vida a atacar os trabalhadores, servindo ao ditatorial e sanguinário governo Pinochet e no Brasil dando seu máximo para que a população trabalhe sem direitos e não consiga se aposentar, um ataque que coloca como perspectiva aos idosos, ou trabalhos precários, ou desemprego ou a informalidade. Como já vemos hoje, idosos vendendo crochê ou pano de prato pelas ruas de São Paulo.

Obviamente essa cena não toca Guedes, que pelo contrario, pretende terminar sua vida (inútil) em algum recanto milionário pela Europa ou Estados Unidos. Outra incógnita que fica quando Guedes diz já ter idade para se aposentar, é o fato de que o “senhor da reforma da previdência” nunca mostrou seu registro de tempo em carteira, seria pelo fato de que ele nunca trabalhou?

O discurso da necessidade da reforma da previdência feito por Guedes e Bolsonaro é uma verdadeira mentira, para depositar a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude. A reforma, as privatizações e todos os ataques aos direitos sociais, como o recente corte na educação, tem como objetivo para a divida pública. A nossa economia de conjunto é organizada com esse único objetivo. A lei de responsabilidade fiscal organiza a economia dos estados e municípios com esse objetivo.

Em um período de crise econômica como o que vivemos, se acentua o discurso mentiroso do governo de “melhorar as contas” e "acabar com privilégios", na realidade é o oposto. A reforma vem no sentido de manter os privilégios dos mais ricos e milionários banqueiros e empresários (que devem R$450 bilhões à Previdência Social).

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Frente a isso, Guedes dissimula “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, afirmou. “Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso.” . Essa ameaça pretende pressionar o governo, que imerso em crises políticas, e esta atrasando a aprovação da reforma.

Nesse cenário, Guedes se aproximou do presidente da câmara, Rodrigo Maia, para passar a reforma. Enquanto o executivo e o legislativo seguem em tensão, o Presidente Jair Bolsonaro no seu modo de governo “morde e assopra”, chamou no inicio da semana um ato dia 26 contrario ao legislativo e ao judiciário, chamado no inicio de “todos contra o centrão”. O que elevou as tensões em Brasília, durante a semana Bolsonaro recuou e tentou transformar o ato num dia pela aprovação da reforma da previdência.

O fato é que o governo esta em crise e pressionado por distintos setores burgueses e pela entrada em cena da luta de classes no dia 15 de maio. O ato do dia 26, mais do que tudo, é um ato chamado para responder a todos àqueles que saíram as ruas em defesa da educação e contra a reforma da previdência.

Frente as ameaças de Guedes, Bolsonaro respondeu com dureza, dizendo "Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo uma catástrofe. E é verdade, concordo com ele se nós não aprovarmos uma reforma muito próxima da que nós enviamos para o parlamento. Então, o Paulo Guedes não é nenhum vidente, não precisa ser, para entender que o Brasil mergulha num caos econômico sem a aprovação dessa reforma".

Uma resposta que abre mais um desgaste, para o governo, a resposta de Bolsonaro é uma jogada arriscada. Guedes é um dos pilares de sustentação do governo, adorado pelos empresários e um ponto de confiança para a burguesia em meio a um governo imerso em crises e pautas ideológicas.

 
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