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Médicos e professores hondurenhos se unem contra as privatizações do governo e do FMI
Redação

Um novo round contra as privatizações da saúde e educação se desenvolve nas ruas de Honduras. Desde o final do mês de abril milhares de médicos e professores têm saído em unidade contra a Lei de Reestruturação e Transformação do Sistema Nacional de Saúde e Educação, do governo de Juan Orlando Hernández.

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Como parte dos protestos, milhares de professores, pais e estudantes exigem a derrogação dos decretos da Lei de Transformação da Educação e Saúde ao mesmo tempo em que exigem novamente a renúncia do presidente Juan Orlando Hernández. O começo desses protestos se deu em 2015, quando as massivas “Marchas das Tochas” foram convocadas por jovens indignados ante o saqueio de recursos nas principais universidades públicas e para denunciar a corrupção do governo.

Os médicos e professores que formam a base pela saúde e educação continuaram nessa terça com a sua agenda de mobilizações em diversas partes de Honduras, anunciando que não cederão em sua luta até que se derroguem os decretos que pretendem privatizar a educação e a saúde, e que legalizam as demissões em massa, atacando os direitos trabalhistas de milhares de trabalhadores.

As ações têm sido seguidas de marchas, paralisações de trabalho em ambos os setores; no caso de alguns centros educativos os professores estão recebendo ameaças de despejo caso se unam aos protestos e às paralisações nas ruas, contudo essas ameaças não amedrontam tal setor que anuncia que irá seguir nas ruas.

Entre as principias demandas se encontram a derrogação dos decretos, assim como o cumprimento do pagamento das folhas salariais que não foram pagas até agora, assim como a supressão das diminuições do décimo terceiro e décimo quarto mês de salário, por parte do Inprema (Instituto de Previsión del Magisterio) e levar a cabo a instalação da Junta Nacional Docente, Nacional de Seleção, Avaliação, e Juntas Departamentais de Seleção.

O presidente do Colégio Profissional União Magistério de Honduras (Coprumh), Luis Ramírez, detalhou nesta quarta que farão seus pedidos oficiais ao governo, e serão acompanhados pelas bases, para que sejam testemunhas do que se acorde.

Sem embargo, distintos analistas assinalam que o golpe é muito mais duro do que se poderia esperar em mesas de negociações, pois o gabinete do prefeito do Distrito Central decidiu recentemente o aumento do valor de pagamento sobre impostos de bens imóveis, violando a lei, além do recente aumento das tarifas elétricas e dos derivados do petróleo, últimos planos decretados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pelo governo servil de Juan Orlando Hernández.

O mesmo governo que mantém mais de 64% da população em níveis de pobreza e miséria. Onde a cada hora oito hondurenhos decidem abandonar o país para emigrar para os EUA. É nesse marco que se dá o novo ataque; onde os médicos exercem sua função com escassez de medicamentos e um déficit de mais de 250 milhões de lempiras [moeda de Honduras], e onde o orçamento educacional foi sendo esvaziado nos últimos governos para os mais de 19 mil centros educativos no
país, que se encontram em mal estado.

Por isso, os trabalhadores do setor da saúde e os professores hondurenhos têm o grande desafio de construir em unidade um programa de lutas que ponha suas demandas na agenda política de Honduras e busque a solidariedade efetivas de outros setores, onde jovens e setores estudantis têm expressado sua solidariedade e sua disposição para defender a educação e a saúde de maneira independente de qualquer partido e nas ruas.

 
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