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CONUNE 2019
UNICAMP: Conheça e vote chapa "São eles ou nós" ao CONUNE 2019
Redação

Nesta semana, nos dias 21 a 23 de Maio, ocorrerão as eleições de representantes ao Congresso da UNE 2019 na Unicamp. Conheça as ideias da chapa "São eles ou nós: que os capitalistas paguem pela crise" nessas eleições de delegados ao CONUNE 2019, composta por estudantes da juventude Faísca e independentes.

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Unificar a juventude e a classe trabalhadora contra a Reforma da Previdência e os ataques de Bolsonaro à educação! Superar a burocracia que dirige a UNE e quer negociar nosso futuro: o movimento estudantil pode apontar para uma saída anti-imperialista e anticapitalista!

Uma só luta: derrotar os cortes e a Reforma da Previdência

Somos estudantes da Unicamp, de diversos cursos, e viemos intervindo nas assembleias e paralisações, construindo o último dia 15 e batalhando por unidade com a classe trabalhadora em uma só luta contra os cortes e a Reforma da Previdência. Protagonizamos, junto a milhares de estudantes e trabalhadores da educação, as primeiras grandes mobilizações nacionais no governo Bolsonaro. É por um programa e estratégia à altura dessa força que se expressou nas ruas, contraposta à política burocrática da UJS e do PT na UNE, que queremos ir ao CONUNE.

Com os cortes, universidades e institutos federais serão inviabilizados, e agora Bolsonaro decretou que será um general quem decidirá os reitores das federais. As estaduais, como a Unicamp, estão na mira da CPI do Dória. Frente ao obscurantismo anti-ciência e à perseguição aos professores pela extrema direita, alguns, de Rodrigo Maia à Tábata Amaral, fazem demagogia com a educação. Fortalecem propostas privatizantes, defendidas pelo MBL e Unicamp Livre, e uma ciência a serviço dos lucros das empresas. Em meio às visíveis divisões burguesas, unificam-se na necessidade de atacar a Previdência, enquanto defendem que nossos recursos nacionais sigam sendo escoados aos grandes bancos e ao imperialismo de Trump pela dívida pública.

Nós, pelo contrário, achamos que para defender a educação, a juventude deve cumprir uma tarefa histórica e impulsionar uma saída para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise que querem descarregar sobre nós, com desemprego, precarização e mais repressão policial a partir do Pacote Anti-crime de Moro contra a juventude negra. Foi a esse serviço que levaram adiante o golpe institucional, assassinaram Marielle Franco, prenderam Lula arbitrariamente para manipular as eleições com o autoritarismo judiciário, fortalecendo Bolsonaro. Por isso, dizemos: não aceitaremos nenhuma chantagem e lutamos pelo direito ao estudo e à aposentadoria a toda a classe trabalhadora.

As reitorias, que vieram aplicando ajustes contra os trabalhadores e a permanência estudantil nas universidades, agora têm seus próprios interesses atacados por Bolsonaro e Dória. Justamente por isso exigimos da reitoria Knóbel que revogue imediatamente as punições em curso contra estudantes e se posicione contrária à Reforma da Previdência.

Nosso futuro não se negocia: antecipar a greve geral do dia 14, unificando no dia 30

O PCdoB (UJS), que compõe a chapa "A UNE somos nós", apoiou Maia, o mesmo que que agora cogita aprovar a Reforma "a partir da Câmara". O PT, que é parte da chapa "Volta por cima", negocia alterar alguns "pontos" da Reforma a partir dos governadores petistas do Nordeste, mantendo o fundamental da exploração que nos fará trabalhar até morrer. São esses os partidos à frente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que chamam dias de mobilização da educação em separado das centrais sindicais, as quais também dirigem, e da luta contra a Reforma da Previdência.

O próximo dia 30, que está sendo mais uma vez convocado pela UNE como luta pela educação, está em separado do dia 14 de Junho, para quando está sendo chamada uma greve geral contra a Reforma. Achamos que neste momento é necessário se contrapor a essa política de separação que dispersa nossas forças, enquanto negociam por cima, e tomar nossa luta nas mãos. É preciso que a UNE levante a necessidade de as centrais sindicais anteciparem a greve geral do 14 para o dia 30 para unificar forças. A classe trabalhadora precisa entrar em cena junto à juventude.

Para isso, nossa proposta é a organização pela base, a partir das assembleias das universidades, escolas e locais de trabalho mobilizados, elegendo representantes que possam ser revistos a qualquer momento e que decidam os rumos da mobilização em um comando nacional.

Nossa massificação pode derrotar os ataques de Bolsonaro. Achamos que a Oposição de Esquerda da UNE, composta por PSOL e PCB e que é parte da chapa “É na luta que a gente se encontra”, não denuncia as negociatas da majoritária da UNE e a falta de qualquer plano de lutas sério, construído pela base, em unidade aos trabalhadores. É por isso que fazemos um chamado aos companheiros, que também fazem parte do DCE da Unicamp, a defenderem essa perspectiva conosco, colocando suas figuras e peso parlamentar a esse serviço.

Qual educação e universidade defendemos?

Estamos diante do primeiro ano de cotas étnico-raciais e vestibular indígena na Unicamp, arrancadas a partir da greve e ocupação de reitoria do movimento estudantil em 2016 em um dos bastiões do racismo e do elitismo no país. Hoje o discurso da extrema direita busca "isolar" as universidades, apoiando-se no fato de que historicamente se constituíram apartadas da maioria da população. Mesmo em 2019, mais de 70 mil jovens ficaram de fora pelo vestibular da Unicamp. Os anos de governo do PT abriram espaço para grandes monopólios privados, como a Kroton-Anhanguera, endividando a juventude via FIES e garantindo isenções bilionárias pelo ProUni. A UNE, nesse período, constituiu-se como braço esquerdo desse programa que abriu espaço para o golpe institucional e as eleições de Bolsonaro. Agora, essas empresas vêem sua oportunidade de ouro com Guedes, Weintraub e Bolsonaro e querem radicalizar o projeto de educação privatizada, colocando em xeque as cotas e medidas como o ProUni e o FIES.

Mais do que nunca, é preciso radicalizar o acesso à universidade, servindo aos interesses da classe trabalhadora e da população. Precisamos estar na linha de frente da defender as cotas étnico-raciais em todas as universidades e o perdão imediato das dívidas do FIES à juventude das universidades privadas. Isso deve nos servir de ponto de apoio para levantar o fim do vestibular, que é um verdadeiro filtro social e racial, e a estatização das universidades privadas. Todos devem ter direito a estudar, sem ter de pagar.

Por que são eles ou nós?

Com o aprofundamento da crise capitalista internacional e as saídas de miséria apontadas pela burguesia contra nosso futuro, temos de saber que a conciliação de classes petista e sua estratégia unicamente eleitoral, levada adiante pela UNE, foi parte de nos trazer a esse beco sem saída e agora prepara nossa derrota, buscando negociar nosso futuro e canalizá-lo às urnas. Os ânimos da juventude, com mulheres, negros e LGBTs à frente, e sua capacidade de se indignar com cada mazela desse sistema em putrefação, que matou Evaldo Rosa com 80 tiros pelo Exército e nos coloca o futuro da "uberização", podem ir além. Defendemos uma investigação independente que chegue aos mandantes do assassinato de Marielle Franco e a liberdade imediata de Lula.

A saída é atacar o lucro "deles", dos bolsos dos banqueiros e imperialistas, que com Trump querem recolonizar a América Latina, impulsionando a tentativa reacionária de golpe na Venezuela. Não prestamos nenhum apoio à política autoritária de Maduro, mas dizemos: fora imperialismo da América Latina! Pelo não pagamento da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública! Que os capitalistas paguem pela crise!

 
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