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SUPLEMENTO DA FT-QI
Estado Espanhol: Corriente Revolucionária de Trabajadoras y Trabajadores (CRT)
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A situação no Estado espanhol é marcada pela forte crise do regime político, com a mudança de três governos em quatro anos. Recentemente, irrompeu a extrema direita xenófoba do VOX com um forte discurso "antigênero", como uma reação conservadora contra o movimento das mulheres que vem realizando importantes jornadas de mobilização.

Cinco anos após a fundação do Podemos, o partido neorreformista de Pablo Iglesias está no seu pior momento. Um desastre que tem suas raízes na sistemática adaptação ao Regime de 78. Abandonando o discurso contra a "casta política", tornou-se um apêndice da antiga socialdemocracia neoliberal do PSOE. Um partido que tem aplicado todos os tipos de medidas neoliberais, que defende a monarquia, a repressão do povo catalão e os interesses do imperialismo espanhol, como foi o apoio de Pedro Sánchez ao golpista Guaidó na Venezuela. Por essa razão, na CRT levantamos que nem a direita nem o "mal menor" têm nada a nos oferecer: é necessário desenvolver a luta da classe trabalhadora, mulheres e jovens, com um programa que questione os lucros capitalistas.

Na Catalunha, um enorme movimento democrático foi desenvolvido pelo direito de decidir. No entanto, devido à ofensiva repressiva do regime e a política conciliatória da liderança burguesa do processo, se viveram importantes retrocessos e atualmente se desenvolve um julgamento-farsa contra os presos políticos catalães. A partir da CRT apoiamos a luta do povo catalão pela auto-determinação e questionamos a política de "mão estendida" para a direção burguesa que sustentou ao longo desses anos a esquerda independentista, enquanto defendemos a necessidade de ligar a luta democrática com um programa anti-capitalista para resolver as questões de habitação, saúde, trabalho, etc. Atualmente, alguns setores da CUP, partido da esquerda pró-independência na Catalunha, estão iniciando um processo de reflexão interna para tirar conclusões dessa experiência, com a qual nos propomos a dialogar.

Frente o crescimento da direita, a crise do neorreformismo em todo o Estado e o impasse do processo catalão, nós da CRT nos empenhamos para pôr em prática uma extrema esquerda que lute por um programa revolucionário contra o regime e os capitalistas. A este respeito, fizemos um chamado às CUP e também ao Anticapitalistas para promover uma candidatura que oferecesse uma alternativa anticapitalista e classista frente ao "mal menor" que promove o Unidos Podemos, que em última instância não recebeu resposta favorável.

Aqueles que militamos na CRT, com presença em Madri, Barcelona, ​​Zaragoza, Vigo, Burgos e outras cidades, impulsionamos o IzquierdaDiario.es - que conta com mais de 150.000 visitas mensais médias e já chegou a atingir o 250.000 – e lançamos EsquerraDiari, o nosso portal de notícias em catalão. Ao mesmo tempo, apoiamos ativamente os processos de luta e organização da classe trabalhadora, como nas greves da Coca-Cola, Panrico, Amazon e Las Kellys.

A partir da agrupação de mulheres Pan y Rosas, somos parte do grande movimento de mulheres que organizaram as grandes greves de mulheres do 8M e que enfrenta a justiça patriarcal. Este ano, promovemos atividades importantes, como palestras na Universidade Autónoma de Madrid e na Universidade de Barcelona, ​​da nossa companheira argentina Andrea D’Atri, além de discussões com as principais intelectuais feministas, bem como o encontro de cem trabalhadoras imigrantes e catalãs, que reuniu mais de 450 pessoas, como parte da luta por um feminismo anticapitalista, anti-imperialista, anti-racista, de classe e revolucionário.

Tendo a maioria estudantil no centro acadêmico de Filosofia e Letras da Universidade Autónoma de Madrid e vários membros no Conselho de Governo desta universidade, a partir de agrupações estudantis como Contracorrente e Pan y Rosas, impulsionamos o movimento estudantil universitário contra a monarquia.

A partir da Plataforma Referendo UAM tivemos a iniciativa de convocar, pela primeira vez em 40 anos, uma consulta sobre a forma do Estado nas universidades, uma proposta que já foi espalhada por 30 universidades, onde já votaram mais de 60.000 estudantes, obtendo uma importante repercussão midiática. Neste movimento defendemos a necessidade de lutar por processos constituintes verdadeiramente democráticos para poder decidir tudo, como parte da nossa estratégia de luta por um governo dos trabalhadores e uma Federação das Repúblicas Socialistas Ibéricas.

Para desenvolver o debate de ideias, começamos a publicar a revista digital quinzenal “Contrapunto” e abrimos a livraria on-line "Livros IzquierdaDiario" para a distribuição de publicações das Edições IPS-IzquierdaDiario. Neste verão, impulsionamos a II Universidade Internacionalista e Revolucionária juntamente com os nossos colegas da CCR no NPA na França, o grupo RIO da Alemanha, a FIR da Itália e a corrente internacional Pão e Rosas, na qual participarão centenas de mulheres, jovens e trabalhadores.

 
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