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Escondido nos EUA, Bolsonaro afirma que manifestantes são "idiotas" e "manipulados"
Redação

Ao chegar em Dallas, EUA, Bolsonaro tenta menosprezar a expressiva mobilização que acontece no país reunindo estudantes, professores e outros trabalhadores contra os ataques de seu governo à educação e à previdência: "são idiotas úteis, manipulados por uma minoria".

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As manifestações massivas que até agora já reúnem centenas de milhares em todos os Estados do Brasil representam a indignação da grande maioria da população, que repudia os cortes do Bolsonaro, e também repudia a reforma da previdência, que quer fazer com que os trabalhadores trabalhem até morrer. Bolsonaro, por outro lado, é quem realmente está sendo "útil e manipulado por uma minoria" empresarial que está por trás desses imensos ataques para que sejamos nós a pagar pela crise enquanto eles mantêm seus lucros.

Nada mais irônico do que essa declaração do presidente sobre o movimento massivo nas ruas do Brasil ser feita dos Estados Unidos, onde está se reunido a grandes empresários imperialistas que querem impor cada vez mais miséria e subordinação a todo o mundo e a América Latina em especial, como vemos aqui desde o golpe institucional, na Argentina com os planos do FMI, na tentativa de golpe na Venezuela e por aí vai.

Para o projeto de Bolsonaro, ou da minoria que o manipula, a educação precisa estar subordinada - assim como restante dos serviços do país - à manutenção dos lucros dos grandes banqueiros através do pagamento da dívida pública, por isso não pode ter investimento, ser pública, gratuita e de qualidade. Não pode produzir pensamento crítico e nem avanços científicos num momento em que a ordem é o retrocesso completo. Para eles, a educação precisa apenas formar mão de obra barata para o novo mercado da reforma trabalhista e da previdência.

É preciso ir pra cima do governo Bolsonaro e impor uma derrota aos seus projetos de destruição da vida da juventude e dos trabalhadores. Para fazê-lo recuar, os estudantes e os trabalhadores devem se articular para parar o país numa greve geral dia 15, construindo em cada local de estudo e trabalho uma luta que barre os cortes e a reforma, para impor o não pagamento da dívida pública!

 
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