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DISTRITO FEDERAL
Milhares em Brasília contra os cortes e a reforma de Bolsonaro mesmo sob ameaça da Força Nacional
Redação
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O 15M começou com uma grande manifestação no Distrito Federal, unificando várias categorias entre elas professores da UNB, do Instituto Federal de Brasilia e outras universidades, professores das escolas públicas junto a muitos secundaristas e uma grande concentração de estudantes da UNB onde o contingenciamento chegou a quase 40% do orçamento da universidade.

As bolsas de pesquisa e a permanência estudantil foram imediatamente afetadas, um enorme ataque a uma universidade referência nas pesquisas acadêmicas e a primeira do país a adotar as cotas raciais, sendo assim também um importante ataque as conquistas dos negros. Isso somado a uma grande precarização que se acumula na estrutura da universidade que sofreu com alagamentos, perdendo materiais, equipamentos e livros que com os cortes não podem ser repostos.

A manifestação, chamada por diversas entidades sindicais e estudantis e organizações de esquerda conta com cerca 15 mil pessoas de acordo com a Polícia Militar, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) estima 50mil manifestantes. Mesmo sob ameaça de repressão por parte da Força Nacional, acionada por Sérgio Moro e pelo MEC, os trabalhadores e estudantes marcharam do Museu Nacional até a Praça dos Três Poderes contra a Reforma da Previdência e os escandalosos cortes na educação.

Frente a grande luta que se desenvolve é preocupante a atuação de setores da esquerda que estão separando a luta contra os cortes da luta contra a reforma da previdência, buscando negociar uma Reforma mais branda, ao mesmo tempo que os discursos da CUT no ato jogam a luta contra a reforma apenas para o dia 14/06, grupos como o Juntos! nem menciona a reforma em seus cartazes e faixas ao longo do ato. Nós do Esquerda Diário estamos presente na manifestação defendendo a estratégia de uma só luta pra barrar os ataques, sem aceitar a chantagem do governo que quer usar a educação como moeda de troca pra que aceitemos trabalhar até morrer. Muitos manifestantes caminham pela marcha com o cartaz "UMA SÓ LUTA", mostrando uma grande disposição de se organizar em uma luta unificada contra todos os grandes ataques que os capitalistas querem impor pelas mãos de Bolsonaro.

A grande força que está sendo demonstrada pode se ampliar e estar a altura de barrar esses ataques, infelizmente não temos visto as direções tradicionais das entidades batalhando pela mais ampla organização na base possível. Na expressiva assembleia da UNB, por exemplo, dirigida por organizações juvenis de direita que mal permitiram os estudantes falar e boicotaram a deliberação de paralisação da universidade desmentindo a informação à mídia, a UNE e as organizações da esquerda se adaptaram ao não denunciar esses absurdos da direita como fez o Esquerda Diário, ao mesmo tempo que não convocaram nenhum outro foro de base a partir dos Centros Acadêmicos e entidades de trabalhadora que dirigem abrindo mão de batalhar assim pela mais ampla democracia na organização de base, fundamental para que se ample esse potente movimento.

Chamamos os estudantes e trabalhadores a se organizarem em todos locais de estudo e trabalho exigindo das suas direções uma verdadeira coordenação para barrar a reforma da previdência e todos os cortes na educação, e para que sejam os capitalistas e não nós a pagar pela crise.

 
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