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Governo Witzel RJ
Governador Witzel do RJ protocola cassação do mandato de deputada do PSOL
Redação

O governador Wilson Witzel por meio de seu partido, o Partido Social Cristão (PSC), protocolou a cassação do mandato da deputada Renato Souza (PSOL) na última quinta-feira (9), na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), alegando quebra de decoro parlamentar por ela usar a Comissão de Direitos Humanos, segundo ele, “uma manifestação disfarçada e institucional”.

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A deputada Renata Souza, ex-assessora da vereadora Marielle Franco denunciou o governador Witzel na absurda ação da Corregedoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE) no último sábado (4) à ONU e a OEA. Na operação Witzel está no helicóptero da CORE junto a policiais armados, em Angra do Reis, litoral do Rio de Janeiro, que atiram de fuzil em direção a uma cabana que ficou provado pelos próprios moradores da região, que se tratava de um espaço de oração e não um ponto de tráfico de drogas.

Repudiamos essa ação autoritária de Witzel em caçar o mandato da deputada Renata Souza que desde o parlamento denunciou a brutalidade da polícia no Rio e ações racistas que a polícia e o exército vêm tomando. Nos solidarizamos com a companheira do Psol e reforçamos a denúncia da política genocida do governador Wilson Witzel.

O avanço reacionário da direita racista no Rio vem tomando outras proporções desde o assassinato de Marielle e a vitória eleitoral de Witzel nas últimas eleições e desde seus primeiros dias no governo deixou claro que daria uma batalha contra os trabalhadores acentuando ainda mais os assassinatos cometidos pelas forças policiais em favelas e nas periferias cariocas. São snipers atirando em trabalhadores favela do Manguinhos, discursos de ódio de que “tem que mirar na cabecinha” e atirar, 80 tiros que passam a ser 200 numa família negra em Guadalupe, bairro da zona norte carioca, Maria Eduarda, a chacina que executou 13 jovens negros no Falet Fogueteiro, favela no centro do Rio. É um sem número de chacinas e assassinatos de jovens e trabalhadores negros que só mostra o racismo e ódio que Witzel e a polícia tem contra os negros.

E o governador nem tenta disfarçar seu racismo, sobre a chacina no Falet afirmou que foi uma “ação legitima” e sobre os 80 tiros em Guadalupe disse que foi “um erro grosseiro”, minimizando o assassinato do músico Evaldo Rosa e o catador Luciano Macedo pelo Exército. Mas o governador não está sozinho nessa cruzada contra os trabalhadores e a juventude carioca. Seguindo a mesma lógica, o deputado Rodrigo Amorim (PSL) protocolou um projeto de lei pelo fim das cotas raciais. O aumento da violência policial como política do governo Witzel e as medidas que tentam arrancar o direitos conquistados da população negra no Rio, como esse PL de Rodrigo Amorim, o mesmo deputado que quebrou a placa de Marielle Franco, são uma prova da disposição dessa casta política reacionária e racista em testar a correlação acentuando ainda mais a opressão e a exploração sobre o trabalhadores cariocas.

O contra ponto a isso são os estudantes que vem demonstrando disposição de luta no Rio de Janeiro e em todo pais, compondo atos e assembleias massivas para derrubar os ataques a Educação e a reforma da Previdência, fazendo Bolsonaro fraquejar.

Repudiamos esse ataque do governador Witzel a companheira Renata Souza. Para barrar o avanço reacionário do governo, a precarização e assassinato dos negros no Rio é necessário que o Psol coloque o peso de seus mandatos, sobretudo de suas deputadas negras, para organizar uma luta em conjunto com os estudantes e trabalhadores, tendo a luta parlamentar como um ponto de apoio das luta nas ruas contra a reforma da Previdência e todos os ataques.

 
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