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Estudantes de pedagogia da Unicamp decidem paralisar dia 15 contra os ataques à educação e previdência
Redação

Ontem, 8, seguindo indicativo da Assembleia Geral da Unicamp, em assembleia com mais de 100 estudantes da faculdade de educação, os futuros pedagogos decidiram que no dia 15 de maio vão paralisar com o mote: “Estudantes e trabalhadores unidos contra os ataques à educação e a reforma da previdência”.

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Os estudantes debateram que vão se juntar a outros milhares de estudantes pelo país que querem dar uma resposta aos ataques de Bolsonaro à educação, que cortou 30% do orçamento das universidades federais, ataca às ciências humanas e os professores das escolas com todo seu discurso censurador do escola sem partido.

Os ataques às federais colocam em risco a existência de várias universidades e IFs pelo país inteiro, além dos ataques à pesquisa com os cortes de bolsas de mestrado e doutorado que mostram todo obscurantismo desse governo. Bolsonaro declara uma verdadeira guerra à educação e a todo movimento estudantil porque quer avançar com a privatização da educação e porque sabe que para passar seus planos precisa atacar os setores mais críticos da sociedade, como são os estudantes e professores, que viraram seus principais inimigos.

Por isso, é ainda mais importante o posicionamento dos estudantes da Faculdade de Educação da Unicamp, que sabem que Bolsonaro está atacando seu presente enquanto estudantes e seu futuro enquanto professores. E que mostram que diferente do que quer Bolsonaro, a juventude vai não só se interessar por política, como também se organizar para dar uma resposta aos seus planos.

Também debateram que junto aos ataques à educação, Bolsonaro quer passar a reforma da previdência, um ataque decisivo pelo qual todas as alas do regime movem suas forças, para assim conseguirem descarregar a conta da crise nas costas dos trabalhadores e da juventude. E que não vão aceitar a chantagem do MEC que diz que se passar a reforma da previdência não terá cortes na educação.

Portanto, que no dia 15 é preciso paralisar ligando o combate aos ataques à educação à reforma da previdência. Uma unificação das lutas que não está sendo feita pela UNE, que hoje chama os estudantes a lutar somente pela educação e não coloca suas forças para unificar as pautas. Também debateram que não vão deixar os professores das escolas, que por enquanto vão ser a única categoria de trabalhadores a paralisar, sozinhos. Isso porque as centrais sindicais chamaram outro dia, o dia 14 de junho, de mobilização contra a reforma, separando os dias de mobilizações.

A juventude faísca levou à assembleia a posição de que para não deixar os professores sozinhos era preciso também exigir que as centrais sindicais, como CUT e CTB, chamasse assembleias em todos os locais de trabalho para que outras categorias também pudessem paralisar esse dia e rechaçar a reforma da previdência de conjunto, não como faz Paulinho da Força que quer passar uma reforma “desidratada” ou Tábata Amaral do PDT que defende uma reforma com ajustes. E que para romper com essa separação é que a oposição de esquerda, dirigida pelo PSOL, deveria se colocar.

Também levou à assembleia a posição de que a juventude e os trabalhadores não tem que escolher entre ter direito à educação ou ter direito a se aposentar, enquanto todos os anos milhões de reais são sugados para os bolsos dos banqueiros e grandes empresários estrangeiros via pagamento da dívida pública. Para fazer com que sejam os capitalistas e não o povo pobre e trabalhador a pagar a conta da crise é necessário defender o não pagamento da dívida pública.

Os estudantes também debateram que a reitoria da Unicamp se pronunciou contra os cortes à educação e a favor da mobilização do dia 15, mas não fala nada sobre a reforma da previdência, também servindo a essa separação. Além disso, a reitoria diz defender a educação, mas temos que ter claro que não é a educação que nós defendemos, querem uma educação como é hoje, em que as universidades são fechadas à maioria da juventude e a população.

É preciso levantar a defesa não da educação como é hoje, mas uma educação onde não tenha vestibular para barrar a juventude de entrar na universidade, onde se enfrente os empresários da educação que lucram com endividamento das mensalidades nas universidades privadas, e que o conhecimento sirva não para as empresas, mas para resolver os grandes problemas sociais. A assembleia votou paralisar e organizar atividades na semana do dia 15 sobre opressões e sobre os ataques de Bolsonaro junto com professores da rede pública, estudantes da pós, professores e trabalhadores da Unicamp. E que vão seguir a programação de atos que foi tirado da Assembleia geral da Unicamp.

 
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