Na terça-feira da semana passada (23/04), ocorreu o despejo do assentamento Paulo Kageyama, ocupação do MST em terreno ocioso do governo estadual em Mogi Guaçu (SP) que abrigava 400 famílias. O terreno é visado pelo agronegócio para o plantio de monoculturas.
Não contente em ter realizado esta reintegração de posse, fez questão de mostrar que ações absurdas como essa serão regra em seu governo. Destilando seu reacionarismo, João Doria diz que os movimentos sociais que agirem no que considera “ilegalidade” vão “conversar com a polícia”. Uma política de absurda repressão contra lutadores que buscam melhores condições de vida, trabalho e moradia.
Doria não se envergonha de deixar centenas de famílias sem moradia enquanto mora na 4ª maior mansão de São Paulo. Essa sua política com os movimentos de moradia não é novidade, já no ano passado, no trágico episódio do desabamento de um prédio ocupado por dezenas de famílias em São Paulo, Doria acusou seus ocupantes de serem uma “facção criminosa”. Tudo em benefício do lucro de capitalistas que querem lucrar ainda mais com especulação financeira nas cidades ou latifúndios no campo.
Sua política de repressão também se mostrou contra os metroviários que estão em campanha contra a Reforma da Previdência. Temendo a agitação que essa categoria faz para toda a população de São Paulo com seus coletes vermelhos contra a reforma, Doria tentou punir os metroviários por “manifestação de cunho político”, foi derrotado em uma importante conquista dos metroviários de reverter as advertências e punições.
Doria, ou “BolsoDoria” como gostava de ser chamado na campanha eleitoral por sua afinidade com o presidente de extrema-direita, é um defensor dos privilégios dos capitalistas e inimigo dos trabalhadores em toda a linha. Assim como Bolsonaro, busca descarregar a crise capitalista sobre os trabalhadores e o povo pobre com ataques e repressão.
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