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ARGENTINA
Forte paralisação nacional dos trabalhadores argentinos contra os ajustes do FMI
Redação

Essa medida foi convocada pela Frente Sindical por um Modelo Nacional e as CTA. Estão parados metrôs, dezenas de linhas de ônibus, docentes, bancários, metalúrgicos, entre outras categorias. O sindicalismo combativo e a esquerda impulsionam a paralisação de forma crítica e às 17:30h haverá um ato da Frente de Esquerda na Praça de Maio com as consignas “Derrotar o FMI, Macri e os governadores nas ruas. Paralisação ativa de 36 horas e plano de luta”.

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Nos marcos de uma forte crise econômica e sob ataques do FMI, do macrismo e dos governadores, começou uma nova demonstração de força do movimento operário.

Apesar da pressão exercida pelo governo nacional e da cumplicidade da cúpula da CGT, a demonstração de força gera impacto. O setor estratégico dos transportes está paralisando os metrôs, dezenas de linhas de ônibus e voos de avião, enquanto que os trens funcionam com normalidade, ainda que com menos passageiros que o habitual, como se pode ver nas mediações de estações como Once, Retiro ou Constitución em Buenos Aires.

A mesma é convocada pela Frente Sindical de Caminhoneiros, Bancários, Sindicato dos Mecânicos e dos Transportes (Smata) e outras categorias, junto às CTA. Em cidades como Buenos Aires e Rosario, demonstração de força é sentida. Nas ruas se vê muito menos pessoas do que o normal. Em Mendoza e Córdoba, com uma organização díspar, a medida da força também é notada.

No marco desta jornada de luta, também há setores que realizam mobilizações e reivindicações ativas. Na zona sul da Cidade de Buenos Aires, por exemplo, trabalhadores protestam na Ponte La Noria. Alí se mobilizam, entre outros, os trabalhadores das linhas 112 e 165, que vem se organizando contra demissões que ocorrem há meses.

Por sua vez, Claudio Dellecarbonara, membro do Secretariado Executivo do sindicato do metrô (AGTSyP) informou sobre a demonstração de força no seu setor.

No interior do país também ocorrem ações. Neste caso, Andrés Blanco, operário de Zanon e deputado provincial pelo PTS-Frente de Esquerda, informa desde a mobilização em Nequén:

Em Matanza, a paralisação é massiva entre os docentes, como afirma Nathalia González Seligra, dirigente da Suteba nesse estado.

No Aeroporto de Buenos Aires a paralisação é sentida com força:

A CGT outra vez se ausentou; os limites da convocatória de hoje e a exigência da esquerda

Entre aqueles que não convocaram a parar hoje estão a CGT, que seque se fazendo de cega, cúmplice do macrismo, e as centrais de transporte nucleados na CATT, que convocaram um ato insosso para o feriado do dia 1 de Maio, que é uma verdadeira piada

A paralisação de hoje, chamada como uma medida isolada por parte das centrais que o convocaram, tenta descomprimir a raiva e conter o desprestigio do sindicalismo peronista e a raiva da classe trabalhadora contra a burocracia sindical, que junto aos governadores, deputados e senadores peronistas, são o principal apoio dos ajustes de Cambiemos.

Porém, a medida também é o relançamento do peronismo sindical de sua campanha para as eleições outubro. Por isso, deixaram claro que depois da paralisação seu único “plano de luta” será convencer os trabalhadores que votem no peronismo, que já adiantou que se vier a governar, manterá o acordo com o FMI.

Apesar destes limites, desde o sindicalismo combativo batalhou-se para que a paralisação seja contundente e convocado desde assembleias por demandas justas da classe trabalhadora, deixando claro por sua vez que com uma paralisação não é suficiente, pela qual é exigem que haja continuidade com uma paralisação ativa de 36h e um plano de luta que levante um programa operário e abra caminho à greve geral para derrotar Macri, o FMI e os governadores.

Com essas bandeiras, o sindicalismo combativo e a esquerda participam com uma coluna independente da mobilização na Praça de Maio, e a Frente de Esquerda levantará uma grande tribuna desde às 17:30h, onde Nicolás Del Caño, Lorena Gentile, Rominá del Pla e outras referências irão deixar suas declarações.

 
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