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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Aliança reacionária de governadores do sudeste e sul exige inclusão de estados e municípios na reforma da previdência
Redação
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No dia 27 de abril, sábado, governadores do Sul e Sudeste se reuniram no Palácio dos Bandeirantes para firmarem seu apoio à Reforma da Previdência. O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), criado para discutir pautas conjuntas entre os estados com o maior Produto Interno Bruto (PIB), é formado por 7 Estados , que representam 70% da economia do país, e cujos governadores encabeçam a campanha pela aprovação da nefasta Reforma da Previdência para nos fazer trabalhar até morrer.

O segundo encontro do Cosud, tendo seu primeiro encontro em Belo Horizonte em março deste mesmo ano, foi marcado por uma carta de apoio a Reforma da Previdência distribuída à imprensa, onde condenavam qualquer tentativa de retirada dos Estados e municípios da reforma e afirmavam a necessidade de aprovar no Congresso o plano do governo federal de socorro aos Estados, conhecido como Plano Mansueto. A reunião contou com a presença dos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL). Os Estados do Rio de Janeiro e do Paraná foram representados pelos vice-governadores Cláudio Castro (PSC) e Darsi Piana (PSD), respectivamente.

O encontro marca bem a polarização regional do país, onde sul e sudeste - também o centro-oeste- foram as áreas em que a direita e a extrema direita obteve maiores votações e conseguiu eleger-se. O que, tampouco, localiza o Nordeste como região "progressista", tendo seus governadores capitulado à reforma da previdência, entretanto uma suposta reforma da previdência "moderada" em oposição ao projeto do governo. Entretanto, o eixo sul-sudeste traz a nota dos políticos representantes desse giro a direita da política nacional, empenhados em aplicar os ajustes neoliberais sob os trabalhadores.

Doria, que persegue os metroviários em campanha por reajuste salarial e contra a reforma da previdência, já na primeira reunião do Cosud afirmava que não há como o Brasil pensar em crescimento econômico, em geração de empregos, em geração de oportunidades se nós não discutirmos, votarmos e aprovarmos a Reforma da Previdência, agora acrescenta que será forte oposição a qualquer tentativa de excluir Estados e municípios da reforma.

Leite, que quer privatizar todas as estatais do Rio Grande do Sul, não paga em dia e ainda quer reduzir salários dos servidores, também entrou no mesmo barco que Dória no apoio a não retirada dos Estados e municípios da reforma. Leite também destaca que estão engajados “corpo a corpo” para passar a reforma ultraliberal, assim como Romeu Zema, que na primeira reunião afirmou que passar a reforma antecede qualquer outra coisa em seu plano de governo. Carlos Moisés, por sua vez, afirmou que os Estados precisam de dinheiro novo para fazer investimentos em infraestrutura justificando seu apoio a reforma, enquanto Casagrande afirma que não se pode colocar todas as esperanças na reforma.

Um dos trechos da carta que foi apresentada pelo Cosud aponta que a aprovação da reforma é necessária para combater o déficit fiscal, recuperar a confiança de investidores, nacionais e internacionais, ingressar na fase de crescimento contínuo, gerando empregos e oportunidades aos brasileiros, numa ideia absurda e infundada de que a mesma, se aprovada, enquanto descarrega nas costas do trabalhador a crise, pode fazer com que o Brasil se estabilize economicamente. No encontro ainda foi assinado um termo de compromisso para integração de políticas públicas. O documento tem a finalidade de formalizar a disposição dos governadores em trabalhar em conjunto nas pautas de interesse, entre as quais as medidas de apoio da União aos Estados, Lei Kandir, precatórios, securitização das dívidas estaduais, Reforma Tributária e o Regime de Recuperação Fiscal, uma das prioridades do governo gaúcho.

Num país com taxas alarmantes de desemprego e miséria o governo da extrema direita quer nos obrigar a trabalhar até morrer enquanto aos patrões, ao capital financeiro e ao imperialismo reservam toda nossa riqueza num pagamento rigoroso da fraudulenta dívida pública, com apoio forte dos governadores do Sul e Sudeste, que governam para os bancos. No encontro, ficou definido que Gramado sediará o terceiro encontro do Cosud, dia 25 de maio. A quarta reunião também já tem data marcada. Será dia 13 de julho, em Vitória, capital do Espírito Santo.

 
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