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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bolsonaro quer economia mínima de 800bi na previdência, valor que irá para os banqueiros
Redação

Além de propagandear a mentira de que a reforma da previdência beneficiará os mais pobres, o governo também se apoia no montante da economia. Mas para onde irão esses R$ 800 bilhões "economizados" pelo governo? Para investimentos sociais, como saúde e educação? Ou para o bolso dos banqueiros através do pagamento da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública?

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Nesta quinta-feira durante um encontro com os jornalistas, Bolsonaro afirmou que a redução de despesas com a reforma da previdência não pode ficar abaixo de R$ 800 bilhões, se não "a situação vai explodir em 2022". Bolsonaro atribuiu a conta ao próprio Paulo Guedes, o que contraria declarações anteriores do ministro que insiste em apontar a economia de R$1 trilhão para o projeto que foi apresentado à Câmara dos Deputados.

Independente do valor a ser economizado, persiste a falácia do governo de que serão os ricos e privilegiados aqueles que arcarão com os cortes, além disso o destino da economia desse imenso sacrifício sob as costas dos trabalhadores não será o investimento em educação e saúde, por exemplo, mas para o pagamento da ilegal e fraudulenta dívida pública.

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O alarmismo diante do rombo da Previdência esconde o fato que empregadas todas as fontes de financiamento da Seguridade Social prescritas pela constituição de 1988 (como a CSLL e a COFINS) o saldo do Orçamento da Seguridade Social é superavitário. Na realidade, até mesmo esse orçamento da seguridade social é drenado para saciar o inesgotável apetite do capital financeiro. A verdadeira razão da reforma da previdência é sanar as contas públicas para seguir pagando religiosamente a dívida pública, enchendo o bolso dos banqueiros nacionais e também estrangeiros, que irão lucrar com a miséria da velhice de milhões de trabalhadores.

As mesmas instituições que constam entre as muitas devedoras do INSS. Ao todo a lista de grandes empresas e bancos devedores da Previdência soma R$ 450 bilhões. Entre esses estão: Bradesco com a dívida de R$ 575 milhões, Santander com R$ 218,4 milhões, Itau Unibanco S.A. 111,8 milhões.

Os capitalistas esperam a reforma da previdência para ganharam mais e mais em cima da dívida pública brasileira. Não pagando a dívida pública, dinheiro roubado do PIB pelos grandes banqueiros e empresários, poderíamos oferecer verdadeiramente condições dignas de vida aos trabalhadores e a todos os aposentados do país.

Tal programa só pode ser imposto por uma força de uma frente unificada dos trabalhadores. Apesar do discurso de oposição por parte do PT no congresso, os seus próprios governadores do nordeste tiveram sinal verde para se declararam favoráveis a aprovação da reforma do governo mediante a alteração em alguns pontos. Essa fachada de oposição tenta esconder a verdade de que o PT não tem nenhum compromisso em combater a aprovação desse ataque neoliberal aos trabalhadores, tendo ele mesmo aprovado a sua reforma da previdência em 2003.

Sua estratégia de alimentar a passividade e a desorganização dos trabalhadores para impedir que atrapalhem na “negociação” da reforma e dizendo para esperarem até as próximas eleições de 2022 já se provou errada quando governaram junto a direita e assim abriram espaço para o golpe institucional. É necessário que a CUT dirigida pelo PT e a CTB do PCdoB rompam com essa paralisia e estratégia parlamentar e organizem assembleias em cada local de trabalho para se discutir um plano de lutas efetivo para barrar a reforma da previdência, os ataques do governo e imponha o não pagamento da dívida público como resposta dos trabalhadores a crise capitalista.

 
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