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FORA IMPERIALISMO DA VENEZUELA
Venezuela: Guaidó faz chamado a se mobilizar no 1º de maio para encorajar um golpe
Diego Dalai

O presidente do parlamento venezuelano convocou para o próximo 1º de maio uma massiva mobilização para pedir às Forças Armadas que tirem Maduro do poder.

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Depois da fracassada ofensiva golpista que teve seu ponto máximo no dia 23 de fevereiro, o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, determina uma data para a nova tentativa de golpe de mãos dadas com o imperialismo norte-americano.

Naquela oportunidade, tentaram infrutuosamente provocar uma ruptura na hierarquia militar a partir de tentar defender uma cínica “ajuda humanitária”, enquanto confiscam bilhões de dólares pertencentes à empresa estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela) depositados em contas nos Estados Unidos e tentam bloquear o comércio bilateral com Cuba.

Agora, aproveitando o agravamento da já crítica situação social a partir dos massivos cortes do fornecimento elétrico, Guaidó parece jogar uma nova carta tratando de colocar centenas de milhares nas ruas para pressionar os militares a romper com Maduro.

Em uma praça de Caracas, capital do país, sob o pomposo nome de um “cabildo aberto” o deputado direitista disse “Convocamos todo o povo da Venezuela no próximo 1º de maio à maior manifestação que vai haver na história da Venezuela, exigindo que se acabe definitivamente a usurpação na Venezuela, exigindo de uma vez por todas que se termine essa tragédia”.

“Para que isso aconteça, o que precisa acontecer? Para quem estamos fazendo essa exigência? Porque já sabemos que nem Maduro nem o regime têm algo para nos oferecer. É preciso que as Forças Armadas acompanhem o legítimo petitório de um povo que quer, que necessita, que demanda viver”, continuou.

Esta política está organizada junto com o governo de Donald Trump e significa um golpe para todos os povos latino-americanos, consolidando e aprofundando os avanços que o imperialismo vem tendo na região, de mãos dadas com os governos direitistas que se elegeram nos últimos anos. Os planos de ajuste e reformas estruturais (trabalhista, da previdência) que querem impor na Argentina e no Brasil, por exemplo, estariam em melhores condições para se concretizar.

Ao mesmo tempo, longe de “recuperar a democracia” como demagogicamente levanta, os militares venezuelanos teriam mais peso político do que já lhes é dado por Maduro, reforçando ainda mais as forças repressivas para impor um plano econômico, já anunciado por Guaidó, que tem como norte mais ajustes contra o povo trabalhador e mais entrega aos monopólios imperialistas.

O parlamento apontou que o destino da manifestação será “o lugar de exigência para que acabe definitivamente com a usurpação” e deixou claro que o ato não será um “espaço de confrontação” com as Forças Armadas, e sim de “construção”.

“Não pretendemos que isto seja um choque contra os escudos de militares que querem mudar, que também necessitam de luz e água. Pelo contrário, é preciso que se somem a esta luta (...), que nos acompanhem a chegar ao destino que todos queremos”, disse Guaidó. Vale lembrar que há algumas semanas ele tinha manifestado que logo iria buscar sua oficina no palácio presidencial de Miraflores.

Os pontos de concentração da manifestação serão anunciados por redes sociais nos próximos dias, indicou Guaidó. Além disso, detalhou que os chamados “comitês de ajuda e liberdade”, com os quais organizou suas bases, serão juramentados no próximo 27 de abril, e que durante a próxima semana terão mais convocatórias

 
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