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METROVIÁRIOS SP
Metrô e Doria punem trabalhadores, mas coletes contra a reforma da previdência ganham apoio popular
Redação

Na quarta-feira, o Metrô ameaçou pelas redes sociais de punir a mobilização dos trabalhadores pelo uso de colete vermelho contra a reforma da previdência. Fato que foi amplamente rechaçado por passageiros nas redes. Agora a empresa assedia os trabalhadores com advertências e ameaças de maiores sanções.

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Os metroviários de São Paulo estão em estado de greve desde a semana passada, após a primeira negociação da campanha salarial com a empresa que quer aplicar a reforma trabalhista na categoria e oferece zero por cento de reajuste salarial. Os trabalhadores metroviários também se colocam contra a Reforma da Previdência que o governo Bolsonaro vem tentando impor, com o apoio do governador Doria e toda casta empresarial e política.

Bolsonaro e Doria defendem a Reforma em base a uma mentira de que a reforma é “necessária” e que ataca “privilégios”, quando na realidade é um grande ataque à aposentadoria dos mais pobres. Os metroviários estão se colocando contra uma Reforma que, caso passe, afetará toda a classe trabalhadora e a população pobre de conjunto, fazendo com que trabalhemos até morrer, pois aumenta a idade mínima sem nem mesmo considerar que somente na cidade de São Paulo há regiões onde a expectativa de vida não chega nem mesmo aos atuais 60 anos.

Por todas as estações e operadores de trem, encontramos os trabalhadores utilizando os tradicionais coletes – método já histórico de manifestação da categoria -, o que vem sendo arbitrariamente perseguido pela empresa, primeiramente através das redes sociais e agora assediando os trabalhadores com advertências e ameaçando oficialmente com sanções verbais e por escrito, às quais já veem sendo feitas contra alguns setores da categoria.

O governo Doria vê essa mobilização como um ataque ao seu projeto de utilizar a reforma da previdência para se alçar como a figura dos ataques e privatizações frente aos capitalistas e patrões que podem apoiá-lo no projeto político para 2022, articulando governadores e empresários a favor da reforma e se colocando lado a lado com Rodrigo Maia.

A resposta dos usuários nas redes sociais demonstrando apoio à mobilização, inclusive respondendo ao post da empresa onde coloca que irá “apurar” e “punir” os trabalhadores, mostra que é amplo o sentimento de que essa é uma batalha que toda a classe trabalhadora precisa dar.

As respostas de apoio da população mostram o rechaço de grandes setores contra a reforma da previdência, daqueles que já sofrem todos os dias com o desemprego, a precarização dos serviços públicos como o transporte e a violência policial. Os patrões empresários e governos que os representam querem que os trabalhadores paguem pela crise gerada por eles, dizem que não temos dinheiro para pagar a previdência, mas destinam anualmente trilhões para o pagamento da divida pública roubando da população para entregar a um punhado de banqueiros.

Enquanto isso, os partidos e as centrais sindicais ao invés de se apoiarem nesse sentimento para colocar de pé uma luta consequente contra a reforma da previdência e este projeto de ataques aos trabalhadores, seguem ou diretamente sentando para negociar com Rodrigo Maia como faz Paulinho da Força Sindical, ou fazendo oposição inócua sem nenhum tipo de organização de base, como fazem a CUT e a CTB.

Neste momento é fundamental o apoio aos metroviários tanto da população como de outras categorias. Os parlamentares do PSOL deveriam chamar a população a rechaçar este ataque ao direito de manifestação dos trabalhadores. Assim como, a CSP-Conlutas deveria organizar na base dos seus sindicatos uma campanha em apoio aos metroviários. Estas medidas seriam fundamentais como parte de construir a mobilização nacional contra a reforma da previdência e contra os ataques aos direitos elementares de organização dos trabalhadores que é um projeto de Bolsonaro, Doria e Bruno Covas e os empresários para os quais eles governam.

 
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