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ROSA LUXEMBURGO
Lançamento da biografia da Rosa Luxemburgo na UFRGS reúne dezenas de pessoas
Redação

Dezenas de estudantes, professores e trabalhadores participaram do lançamento da biografia da Rosa Luxemburgo que ocorreu na noite desta última quarta (17) no IFCH na UFRGS. O lançamento foi acompanhado com um debate sobre a vida e pensamento da grande revolucionária socialista que foi assassinada a 100 anos.

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A mesa contou com a participação de Simone ishibashi, doutoranda em Economia Política Internacional na UFRJ, e Alessia Magliacane, doutora em Direito e Ciências Sociais pela universidade de Sorbonne em Paris e atualmente professora convidada na UFRGS. A atividade foi mediada por Valéria Muller, fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Rio Grande do Sul.

O evento organizado pelo Esquerda Diário, do grupo de mulheres Pão e Rosas, da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária e do MRT, lançou a biografia “Rosa Luxemburgo: pensamento e ação”, do autor Paul Frölich, até então inédita em português, publicada neste ano pelas Editoras Iskra e Boitempo. A biografia escrita por um camarada de partido traz uma Rosa mais de perto, com uma visão íntima de suas ideias.

Simone trouxe os importantes debates que Rosa fez contra o revisionismo e o oportunismo no seio do Partido Social Democrata Alemão, como parte de desenvolver uma estratégia que leve a classe trabalhadora a derrotar o capitalismo. Ela debate principalmente com Eduard Bernstein que, com sua teoria revisionista, retirava do horizonte de transformação social a tomada do poder e levava o partido para uma estratégia de puro parlamentarismo. E depois com o debate que ela fazia contra Karl Kautsky, que elabora uma estratégia de “desgaste” do capitalismo.

Outro debate apresentado pela Simone era do combate que a Rosa dava contra as burocracias sindicais e a burocracia do Partido Social Democrata Alemão, que cumprem o papel de dividir a luta dos trabalhadores, retirando a potencialidade da classe trabalhadora se constituir enquanto sujeito político. Rosa colocava a necessidade de que a luta de classes se dê superando as burocracias sindicais, e que os sindicatos cumpram o papel de unificar os trabalhadores para a luta em sintonia com a política revolucionária do partido, rumando ao socialismo.

Das lições teóricas e políticas da Rosa Luxemburgo que podemos tirar para hoje, é de ver que a estratégia eleitoral do PT vai no sentido oposto de constituição da classe trabalhadora enquanto sujeito político para resistir aos ataques de Bolsonaro e contra-atacar em chave revolucionária. Os debates que Rosa fazia com as alas oportunistas e revisionistas do Partido Social Democrata Alemão, nos ajuda a enxergar como o PSOL pouco a pouco trilha um caminho semelhante ao do PT, apostando fichas na resistência institucional com suas ilusões no judiciário autoritário, e suas relações com a polícia, um dos pilares do Estado Burguês para reprimir os trabalhadores. Uma relação que o deputado federal do PSOL, Marcelo Freixo sempre teve e que inclusive diz que o pacote “anticrime” do ministro Sérgio Moro é fraco, um pacote que dá total permissão para a polícia matar, por exemplo.

Alessia colocou sobre a importância de se pensar a rosa hoje não de uma maneira idealizada, mas calcada nos embates reais em que estava inserida. Pensamento e ação de Rosa (como diz o subtítulo do livro de Paul Frolich): pensamento é a crítica da economia política e ação é a revolução. Resgatar Rosa hoje para fazer a crítica do capitalismo e colocar no horizonte uma perspectiva de superação do capitalismo e revolução.

Ao fim das falas iniciais das debatedoras convidadas, várias pessoas presentes também contribuíram ao debate com perguntas e intervenções.

No fim do evento foi deixado também o convite para o segundo encontro do grupo de estudos Marx na UFRGS que ira ocorrer na próxima quarta (24) no IFCH às 16h, que irá debater sobre a formação da família, da religião.

 
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