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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Simulação mostra que trabalhador receberá 44% a menos com novas regras de aposentadoria por idade
Redação

A regra de transição proposta na reforma da previdência reduz a aposentadoria daqueles que estão próximos de aposentar pela regra de idade, quem ganharia por volta de R$ 2.000 vai perder R$ 877.

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Essa mudança deve-se ao fato que para o governo aprovar essa reforma, significa não só obrigar o conjunto da classe trabalhadora a trabalhar até morrer no futuro, mas atacar desde agora os trabalhadores que estão próximos de se aposentar. Segunda a regra vigente atual, na hora de calcular a média salarial, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) descarta os menores salários de contribuição. A proposta do governo é considerar todas as contribuições, portanto, essa média acaba ficando menor do que a atual.

Para entender a mudança que querem nos impor, hoje um trabalhador de 65 anos de idade, com 20 anos de contribuição e com média salarial de R$ 2.240,90 receberia 90% da média, e sua aposentadoria seria de R$ 2.016,81. Com a reforma de Bolsonaro e Guedes, a média salarial desse mesmo trabalhador cairia para R$ 1.899,41. Ele receberia 60% da média, e a aposentadoria seria de R$ 1.139,65, uma diferença de R$ 877,16. Os cálculos foram elaborados pelo Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

Essa medida atinge principalmente os trabalhadores que começaram a trabalhar mais cedo, sem vínculo oficial e depois de muitos anos de contribuição tentam a aposentadoria por tempo de serviço. Num país onde a cada dia cresce o desemprego, a informalidade e a precarização do trabalho essa reforma vem para garantir que a ampla maioria da classe trabalhadora seja condenada a trabalhar até morrer, ou quando finalmente conseguirem se aposentar, seja com salários de miséria.

A falsa justificativa de que essa reforma viria para acabar com os privilégios cai por terra quando se revela os pontos mais nefastos desse enorme ataque. A necessidade de se aprovar uma reforma da previdência vem da sede de lucros dos grandes capitalistas, em nome do pagamento da dívida pública, uma verdadeira bolsa banqueiro. Por isso, rechaçamos qualquer proposta de conciliação com Bolsonaro a respeito da reforma, como os governadores petistas e Tábata Amaral do PDT já declararam ter intenção de fazer. Desde o Esquerda Diário defendemos o repúdio integral a reforma da previdência e o fim do pagamento da dívida pública, uma dívida que não é nossa e que só serve para enriquecer ainda mais os empresários, para que a crise seja paga pelos capitalistas.

 
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