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ROSA LUXEMBURGO
Lançamento da nova biografia de Rosa Luxemburgo realizado na Faculdade de Direito da UFMG
Redação Minas Gerais

O lançamento aconteceu na última quinta-feira (28) com um debate sobre a vida e o pensamento da grande revolucionária socialista, a 100 anos do seu assassinato. Veja o vídeo do debate ao fim da matéria.

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Na mesa, as debatedoras foram Daniela Muradas Antunes, professora da Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG e coordenadora do Grupo de Pesquisa Trabalho e Resistências (GPTR); Deise Luiza Ferraz, professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG e coordenadora do Núcleo de Estudos Críticos Trabalho e Marxologia (NEC-TraMa); e Flavia Valle, professora da rede estadual e fundadora do Pão e Rosas em Minas Gerais. A mediadora do debate foi Bárbara Almeida Duarte, da pós-graduação da FDCE-UFMG.

O evento, organizado pelo Grupo de Pesquisa Trabalho e Resistências junto ao Esquerda Diário, lançou a biografia “Rosa Luxemburgo: pensamento e ação”, de autoria de Paul Frölich, até então inédita em português, publicada neste ano pelas Editoras Iskra e Boitempo.

O debate se deu sobre o pensamento e a história de Rosa Luxemburgo e suas contribuições para uma crítica do capitalismo e a busca pela superação deste sistema no mundo atual, frente à crise capitalista que se prolonga desde 2008 e a ascensão de governos de extrema direita como Jair Bolsonaro e Donald Trump. Também foram discutidas as batalhas de Rosa contra as burocracias sindicais e partidárias e a atualidade deste combate.

Flavia Valle abriu o debate resgatando a grandeza teórica e o exemplo de vida da maior dirigente mulher da história do socialismo, uma inspiração para as novas gerações que saem a lutar, especialmente a juventude e as mulheres por todo o mundo. Ressaltou a importância de duas grandes batalhas teórico-políticas de Rosa, primeiro contra o revisionismo de Eduard Bernstein que passara a negar a batalha pelas saídas revolucionárias; e depois contra a “estratégia de desgaste” defendida por Karl Kautsky. Trazendo assim a atualidade de Rosa para um estratégia para vencer em nossos dias, contra governos de extrema direita e em debate com alternativas de esquerda como o PSOL.

Deise Luiza retomou a batalha de Rosa Luxemburgo para ir além da democracia burguesa e lutar pelo socialismo, criticando como hoje partidos e movimentos transformam a “defesa da democracia” na pauta principal de luta, limitando a crítica do capitalismo e tirando a potencialidade das lutas e movimentos, que acabam circunscritos a uma democracia com cada vez menos direitos democráticos e com mais mecanismos de repressão e retirada de direitos. Ao contrário desse caminho, é preciso afirmar sempre a necessidade do socialismo e da superação da democracia burguesa, e não um caminho de gestão do Estado com reformas e conciliação.

Daniela Muradas afirmou que os mecanismos jurídicos não podem resolver as demandas dos trabalhadores, quando o Estado de Direito já não dá garantias mínimas, e que é preciso uma teoria revolucionária dentro do Direito, que afirme a importância da luta de classes. Sobre as burocracias sindicais, que há 100 anos Rosa Luxemburgo já tanto combatia, mostrou que cumprem o papel de dividir os trabalhadores em um mundo em que o trabalho é cada vez mais precário e flexibilizado, e afirmou a necessidade de que a luta de classes se dê superando as burocracias sindicais, e que os sindicatos cumpram o papel de unificar os trabalhadores para a luta.

Ao fim das falas iniciais das debatedoras convidadas, várias pessoas presentes também contribuíram ao debate com perguntas e intervenções.

Veja abaixo o vídeo com as falas de abertura do debate e as intervenções do público:

 
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