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CORTES NA CIENCIA
Cortes do governo Bolsonaro ao CNPq devem acabar com orçamento do órgão já em julho
Redação

Os cortes anunciados essa semana pelo governo Bolsonaro ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações já devem acabar com o pagamento de bolsas para alunos e pesquisadores, além do financiamento de pesquisas no meio deste ano.

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Entidades ligadas à ciência, tecnologia e pesquisa do país alertaram que o novo
corte anunciado pelo governo de Jair Bolsonaro na semana passada ao Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) deve levar ao fim do
orçamento destinado ao pagamento de bolsas de estudo ainda no meio do ano
. Dentre outros, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e o Conselho
Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), alertam que com o que
sobra do orçamento após o corte, só haverá dinheiro para pagar as bolsas até
junho, depois o dinheiro acaba.

Na semana passada, o governo emitiu um decreto que determinava o
contingenciamento de 42,2% das verbas previstas para o ministério em 2019,
agravando ainda mais a grave situação na qual a pasta começou o ano, prevendo
que seu orçamento só duraria até setembro
. O corte deve acarretar na queda
drástica no orçamento destinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico, o CNPq, responsável pelo pagamento de dezenas de
milhares de bolsas de estudo e pesquisa, assim como o patrocínio de projetos de
pesquisa. Luiz Davidovich, presidente da ABC, prevê, entre os resultados do fim das
bolsas, aumento da evasão, além de retorno forçado dos estudantes em intercâmbio
no exterior.

Em uma carta liberada conjuntamente por seis entidades ligadas à pesquisa,
destaca-se ainda o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
que financia a inovação e a infraestrutura de pesquisa nas instituições de ciência e
tecnologia, e que sofreu contingenciamento de mais de 80% de seu orçamento.
Enquanto o desenvolvimento científico e tecnológico do país é rifado, no contexto de
uma governo que cada vez mais ataca a universidade pública e a capacidade do
país de produzir ciência e tecnologia, segue perfeitamente intocado o sacrossanto
pagamento da dívida pública. Crescendo mais e mais a cada ano, mais de um
trilhão de reais (passa da metade do orçamento da União) é entregue anualmente
para os donos da dívida, levando a cortes e contingenciamentos em todas as áreas
do governo para garantir a entrega. Ilegítima e fraudulenta, esse mecanismo de submissão ao
imperialismo só faz drenar, cada vez mais, os recursos do país para entregá-los aos
banqueiros e fundos de pensão internacionais. Para tal, todas as áreas (mas
especialmente os direitos e serviços dos mais pobres e da classe trabalhadora)
sofrem cortes para bancar a sangria. O governo Bolsonaro, capacho do
imperialismo norte americano, segue sem exitar o pagamento dessa “dívida” às
custas do futuro da ciência nacional, para a alegria dos grandes laboratórios
imperialistas.

Esse completo desmonte da ciência nacional e da universidade pública - filhos da
política elitista e privatista de Ricardo Vélez e apoiada com entusiasmo por Paulo
Guedes, que fez fortuna com educação privada - são prova cabal de como a dívida
age para o desmonte do país e entrega dos restos ao imperialismo, em benefício
dos grandes capitalistas dos laboratórios e da educação privada em detrimento das
necessidades da população e do avanço da tecnologia do país.

É por isso que, contra os ataques do governo Bolsonaro ao país em favor do
imperialismo, a luta dos trabalhadores deve ser pelo não pagamento da dívida
pública! Uma medida imposta pela mais ampla mobilização, contra Bolsonaro e por
um governo de trabalhadores, para que se priorize saúde, educação, ciência,
tecnologia e pesquisa, e não o lucro dos banqueiros!

 
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