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IFCH - UNICAMP
Estudantes do IFCH no AEL: retomar a história da ditadura contra Bolsonaro
Redação

Como iniciativa da gestão minoritária do CACH “Por Moas e Marielles” e de trabalhadoras do Arquivo, os estudantes do primeiro ano de Ciências Sociais, integral e noturno, visitaram o Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) em meio às aulas. Enquanto Bolsonaro pede comemorações pelo golpe de 64, no IFCH resgatamos a memória e a história dos que vieram e lutaram antes de nós. Em depoimento ao final estudante nos conta como foi a visita.

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O AEL é o maior acervo de História Social da América Latina, que conta com registros do movimento operário brasileiro, de movimentos LGBT’s, feministas e negro. O acervo do AEL é composto por livros, folhetos, manuscritos, revistas, jornais, registros fotográficos, discos, postais, cartazes, além de fitas de áudio em cassete e em rolo, vídeos, películas cinematográficas, CDs, DVDs e microformas.

Uma verdadeira fonte histórica dos que são considerados pelo Estado e pela ideologia dominante como os "vencidos", que resistiram ao longo da história e representam o germe e inspiração para vitórias futuras. Entre eles, operários e estudantes que protagonizaram experiências que nos deixam valiosas lições para nossos embates. Pudemos ver inclusive assembleias do IFCH daquele período, além de fotos de greves históricas como a do ABC.

Estudante do noturno do IFCH, Júnior, comenta: “ O AEL superou minhas expectativas quanto ao acervo. Quanto ao conteúdo do acervo. Porque eu imaginava que se tratava mais da história de Edgard Leuenroth (que o acervo leva o nome em homenagem) e sua trajetória política. (...) Saber que o AEL constitui um dos maiores acervos da América Latina e por se tratar das lutas de esquerda, das lutas revolucionárias, da revolução, do movimento estudantil, do movimento negro, do movimento LGBT; no meu ponto de vista, temos um privilégio de te-lo na Unicamp. É desses documentos que comprovamos toda a luta, toda a opressão que a burguesia sempre promoveu contra o proletariado, contra as e os trabalhadores. Por isso que nesses últimos meses de governo Bolsonaro que vêem o golpe de 64 como revolução, nós precisamos nos apoiar nessa história que o acervo apresenta e rever as lutas, rever as táticas, as teorias, os movimentos, as assembleias, as formas de nos articularmos para lutar contra o reacionarismo, novamente, e seja quantas vezes preciso for.

Enquanto Bolsonaro comemora o golpe militar, nós da chapa "Por Moas e Marielles" queremos resgatar a história dos que lutaram e morreram contra ela. Em especial visitamos um pequena-grande exposição que conta episódios e fatos da ditadura.

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Com isso, queremos fortalecer a perspectiva de que o conhecimento das universidades deva estar a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, em combate à falsificação da extrema direita e a sua interpretação interessada na trincheira dos que retomam o golpe encabeçado pelos militares, empresários e pelo imperialismo norte-americano para nos atacar hoje. Mas mais do que isso é preciso a partir de retomar a história, aprofundar a necessidade de defender a memória e exigir justiça por todos os perseguidos, mortos e desaparecidos pela ditadura, superando os limites do petismo, que pactuou o ascenso operário do período em troca de uma transição pacífica e por cima do regime. Fazendo balanço também desses processos, estamos mais fortalecidos para nos ligar a uma universidade que pode se colocar na linha de frente contra tudo o que Bolsonaro significa.

Veja também: Luta de Classes e o golpe de 64

Nós da chapa “Por Moas e Marielles” gostaríamos de agradecer aos trabalhadores que, mesmo em meio à precarização da universidade que impõe condições precárias de serviço, mantém vivo e funcionando o AEL. E que junto a diversos estudantes bolsistas que executam funções de cuidado e preparo dos documentos, também inseridos em um contexto de corte de bolsas pela reitoria, possibilitam a existência desse gigante acervo. Agradecemos também às professoras do IFCH que possibilitaram a visita da turma. Um grande acervo que nas palavras de um estudante do IFCH, nos possibilite:

Nos apoiar nessa história que o acervo apresenta e rever as lutas, rever as táticas, as teorias, os movimentos, as assembleias, as formas de nos articularmos para lutar contra o reacionarismo, novamente, e seja quantas vezes preciso for

 
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