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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Após provocações, Maia afirma que nunca deixará de defender a reforma da previdência
Redação

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escreveu hoje, em seu Twitter, que nunca deixará de defender a reforma da previdência. A publicação foi feita depois de um pequeno desentendimento entre Maia e o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, com quem conversou por telefone ontem (21).

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A ligação teria sido motivada por publicações contra Maia nas redes sociais de um dos filhos de Bolsonaro, que compartilhou uma nota de Sérgio Moro, publicada depois que o presidente da Câmara barrou seu “pacote anti crime”. Na nota, Moro afirma “Talvez alguns entendam que o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais”.

Moro pressionou para que seu “pacote anti crime”, que veio pra permitir que a polícia assassine ainda mais a juventude pobre e negra nas favelas, fosse aprovado com urgência e a resposta do presidente da Câmara foi mandar o projeto para ser analisado por uma comissão que tem até 60 dias para isso.

Há essa disputa entre, por um lado, o “parlamentarismo de coerção” da Lava Jato e do Ministro da Justiça bolsonarista e, por outro, o “parlamentarismo de coalizão” do velho regime junto à parte do STF que quer reduzir a influência de Moro e seus métodos, soma-se a prisão do sogro de Maia, o ex-ministro Moreira Franco, no mesmo desdobramento da Operação que prendeu o ex-presidente Michel Temer.

Atacado por Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelos adoradores do Clã, Maia disse não ser possível construir a base aliada do governo na Câmara ou ainda conseguir votos para aprovar a reforma da previdência desse jeito. Sua “ameaça” de deixar a articulação para a aprovação da reforma, porém, não passa de um lembrete à presidência, que, se quiser aprovar a reforma da previdência, dependerá dos setores tradicionais da política.

O tweet de Maia é também uma resposta à deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), que escreveu: "Quando o Presidente da Câmara ameaça deixar a Reforma da Previdência, pergunto: ele está pensando no Brasil? Se ele gosta do presidente e de seus filhos não importa. O que importa é que trabalhe pelo que é melhor para o Brasil! O país precisa da Reforma. A questão é matemática"

Em que pese as contradições entre essas alas do regime político, o fato incontestável é que todas elas estão unidas por um interesse: descarregar a crise sobre as costas dos trabalhadores. É por isso que tanto o lider do PSL na Câmara, o Delegado Waldir (PSL-GO), quanto Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), referiram-se ao atual presidente da Câmara como indispensável para a aprovação da reforma, tentando, entre ontem e hoje, apaziguar os ânimos entre o parlamentar e o governo do Clã e seus ministros.

 
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