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Após Greve, professores relatam descontos e até pagamento zero em SP
Nossa Classe - Educação

Os salários pagos aos professores vieram menores do que deveriam e muitos relatam ainda terem recebido salário nenhum, contrariando o acordo do final da greve que reconhecia o direito de greve e voltava atrás no corte de ponto imposto pelo prefeito.

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Os servidores municipais da cidade de São Paulo encamparam uma importante greve durante mais de um mês, que foi encerrada no último dia 8 de março e que foi marcada pela traição das direções sindicais do Fórum das Entidades em levar uma luta séria desde o começo. Como parte do acordo de final da greve, ficou estabelecido o pagamento integral dos dias parados aos servidores que aderiram ao movimento, um reconhecimento do direito de greve que havia sido atacado por Bruno Covas (PSDB) e que foi arrancado pela luta dos servidores apesar de suas direções.

Na última sexta-feira (15) o pagamento desses servidores foi realizado e se constatou uma enorme divergência na grande maioria dos salários. Ninguém recebeu seu salário integral que era devido pela prefeitura. Imediatamente correram pelas redes sociais uma enxurrada de postagens de professores que queriam entender o que estava acontecendo, qual era o motivo dos descontos.

O caos provocado pelo total descaso da prefeitura ganhou algumas tentativas de explicação repassadas por algumas secretarias de unidades escolares, uma delas foi a impossibilidade de a prefeitura fazer o pagamento integral via DOC, permitindo apenas que o pagamento fosse de 70% do valor integral, havendo o comprometimento de pagamento dos 30% restantes no próximo dia 29/03.

Já para os professores que ficaram sem nenhum centavo do seu salário e que passaram o mês em situação precária e de incertezas, atrasando contas e compromissos importantes, a resposta foi a de que podem ter ocorrido erros pontuais e que o pagamento deve ocorrer um dia antes, dia 28/03

É importante lembrar que no momento de mandar cortar o ponto dos servidores e de fazer cumprir uma ordem que deixaria milhares de servidores à míngua, a Secretaria Municipal de Educação e as direções das escolas não cometeram erros, já no momento de corrigir e reconhecer o direito de greve, se permitem todo tipo de ingerências. Vale lembrar ainda que o expediente de “salários pagos incorretamente" tem sido comum na rede Estadual gerida também pelo PSDB.

Os casos de “erros” são tantos e tão variados, que chegam ao cúmulo de justificar o não pagamento dos grevistas pelo fato de terem “perdido o e-mail” da secretaria de educação e, assim terem ficado impossibilitados de fazer o pagamento de todos os grevistas de uma unidade escolar. Foi exatamente o que ocorreu na EMEF Aurélio Arrobas Martins, na DRE Itaquera. Professores da unidade escolar nos procuraram para denunciar o descaso e informaram a justificativa da direção da escola que demonstra a total falta de preocupação e compromisso com os trabalhadores e de se fazer cumprir um direito estabelecido por lei, mais uma vez, muito diferente do tratamento dado no momento de atacar os trabalhadores.

Enquanto a prefeitura de Bruno Covas ataca os servidores com seu descaso e mantém a reforma da previdência municipal alegando falta de dinheiro nos cofres públicos, para os funcionários de alto escalão se percebe que a mamata continua, na última segunda-feira (18) o prefeito sancionou uma lei que permite aos secretários de empresas públicas receber um “bônus” de R$ 6 mil em seus salários de R$19 mil mensais. Um “presente” para aqueles que farão as vezes de acatar as ordens contra o restante dos servidores

Nós, do Movimento Nossa Classe - Educação, que atuamos ativamente nessa greve, exigimos o imediato pagamento dos professores que ainda estão sem seus salários, assim como a imediata correção dos valores dos professores que foram pagos com divergência, conforme o acordo aceito pela categoria na assembleia do dia 8/3 e que tem sido ignorado conforme os métodos do PSDB de Bruno Covas.

 
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