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PARALISAÇÃO
Municipais de Campinas impõe paralisação no dia 22 contra direção sindical pelega
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Daniel Oliveira
Professor municipal de Campinas
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A reforma da previdência pretendida pelo governo Bolsonaro tem despertado preocupação em amplos setores dos trabalhadores pelo país. Não obstante o apoio inicial de parcela dos eleitores, as questões objetivas que ameaçam afetar a massa de trabalhadores em benefício dos grande proprietários e banqueiros impõem um choque de realidade. Não por acaso pesquisas recentes apontam uma queda vertiginosa nos índices de aprovação ao governo.

Por esse motivo o dia de mobilização convocado pelas centrais sindicais para 22/03 vem ganhando corpo entre trabalhadores dos setores público e privado, em especial na educação.

Os professores, mais uma vez, apontam ser uma categoria que pode ser a ponta de lança da luta contra a reforma da previdência. Mesmo as grandes centrais sindicais, chamando apenas uma dia de mobilização, os professores têm aderido massivamente e estão paralisando suas escolas.

Entre os servidores municipais de Campinas não foi diferente. Tão logo correu a notícia da convocação as discussões começaram a ser feitas nos locais de trabalho. Inúmeros trabalhadores decidiram fechar seus postos de trabalho e somarem-se às mobilizações convocadas pela cidade, mesmo com o seu sindicato STMC (Sindicato dos trabalhadores municipais de Campinas), dirigido pelo PSB e filiado a CTB, não chamando a paralisação. Até a noite do dia 19/03 imperava o mais absoluto silêncio em todos os canais de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores STMC de Campinas que representa a categoria. Só então, pressionado pela mobilização espontânea da base da categoria, contando várias paralisações que começaram a ser aprovadas diretamente nas escolas, foi publicado um tímido chamado pela paralisação pelas redes sociais.

É uma vergonha a omissão que esse sindicato vem protagonizando diante dos inúmeros desmandos do governo municipal. Desde as sérias denúncias de desvio de dinheiro da saúde pública, às movimentações para impor a reforma da previdência federal aos servidores dos estados e municípios através do prefeito Jonas Donizette (PSB), a paralisia com relação a campanha salarial. Na prática, é uma direção sindical que funciona como um departamento da prefeitura.

A força dos municipais de Campinas, que atropelaram suas direção sindical burocrática e pelega é um enorme exemplo para os trabalhadores do Brasil. As burocracias das grandes centrais sindicais, que seguem sua paralisia pra construir um verdadeiro plano de luta para barrar a reforma da previdência, precisam ser superadas para que retomemos os sindicatos para as mãos dos trabalhadores, e assim, através de nossa força barrar o conjunto dos ataques do governo Bolsonaro.

Amanhã, às 10:00 e às 18:00 acontecerão atos e manifestações em Campinas no Largo do Rosário, contra a reforma da previdência. Professores municipais, estaduais, estudantes e trabalhadores da Unicamp, como várias outras categorias, estarão presente para mostrar que não seremos nós que pagaremos pela crise.

Veja também: Em Campinas, escolas paralisam contra a reforma da previdência. Confira a lista

 
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