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Enquanto Bolsonaro visita Trump, EUA pressionam para fim de vantagens comerciais que beneficiam o Brasil
Redação
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A disputa comercial entre EUA e China ganha contornos assustadores para todos os países emergentes. A bola da vez dos americanos nesse momento é a OMC (organização mundial do comércio). Os países considerados em desenvolvimento pela OMC, tem algumas vantagens comerciais em relação aos países desenvolvidos, como prazos maiores para se adequar a exigências de negociações, exceções, e outras flexibilidades. Os EUA são contra essas vantagens, alegando que a OMC não tem um controle sobre quais países estão realmente em desenvolvimento e quais já podem ser considerados desenvolvidos, visto que é o próprio país, que se auto declara em desenvolvimento para a OMC.

Essa alegação americana de "falta de controle" da OMC em apontar quais países são realmente países em desenvolvimento, tem seu pano de fundo, na guerra comercial entre os EUA e a China. Os americanos não querem mais que a China tenha esse tipo de tratamento especial, não porque a China seja hoje um país desenvolvido, mas pela disputa de mercados internacionais que a China compete com os EUA.

Nesse barco, países como Brasil, Índia, México, Chile, Argentina, Coreia do Sul, Turquia, Indonésia, África do Sul, Singapura e Arabia Saudita, acabam sendo alvo dessa guerra comercial, perdendo competitividade nas negociações dos acordos comerciais. Os americanos visam principalmente o comércio eletrônico, que gira em torno de 27,7 trilhões e foi abraçado por 76 países no último período, mas também apontam suas armas para produtos agrícolas, afetando frontalmente os países emergentes, que dependem muito desse comércio.

Enquanto Bolsonaro faz seu show midiático em visita aos EUA, Trump atua para acabar com as conceções brasileiras na OMC. Mostrando a servidão míope da extrema direita brasileira, que chegou ao poder depois de um golpe institucional, impulsionado por setores do judiciário e patrocinado de longe pelo próprio EUA.

Essa situação internacional, não é para amadores. Com a crise internacional iniciada em 2008, as potências mundiais se lançam desesperadamente na busca por novos mercados. Os tempos de decolagem dos países emergentes, se esfarelam nesse cenário. Toda ofensiva americana na América Latina, em especial nos ultimos meses na Venezuela, mostram que os tempos de relativa autonomia da região se acabaram. Agora as relações comerciais e geopolíticas entram em um outro patamar, onde os períodos de concessões aos países em desenvolvimento tentem a se acabar.

É preciso entender esse novo cenário, para conseguirmos dimensionar o tamanho do problema. As burguesias nacionais dos países em desenvolvimento, são incapazes de enfrentar essa ameaça imperialista as condições de vida já precárias de suas populações. Só a luta independente dos trabalhadores, pode apontar uma saída progressiva para essa atual crise internacional. Primeiro derrotando suas próprias burguesias nacionais e seus governos entreguistas e covardes, para apontar ao imperialismo que não seremos alvos de suas guerras comerciais e bélicas. A luta independente dos trabalhadores pelo poder nos países em desenvolvimento, pode frear a ofensiva imperialista e apontar uma saída para a crise econômica Internacional. Os tempos de relativa bonança e paz, acabaram.

 
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