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PRIVATIZAÇÕES
Bolsonaro privatiza aeroportos a valores baixos para pagar os juros da dívida pública
Redação

Nessa sexta-feira, o governo Bolsonaro leiloou 12 aeroportos, a maioria concentrada na região nordeste do país. Essa é a quinta rodada de leilão de aeroportos, que segundo o governo pretende privatizar todos os aeroportos do país até 2022.

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O leilão foi dividido em três blocos, com aeroportos do nordeste, centro-oeste e sudeste. O valor somado é de 2,37 bilhões de reais, valor considerado irrisório, inferior por exemplo à multa paga pela Petrobras e que está sobre tutela da Lava-Jato de maneira ilegal.

Grupos de consórcio espanhóis, alemães e suíços participaram dos leilões, cujo valor inicial para ofertas foi o grande chamativo para um negócio muito para essas grandes empresas internacionais. Na maior parte deles, o ágio (variação do valor final), em relação ao preço mínimo estabelecido pelo governo ultrapassou 1000%. Esse valor tão grande é a demonstração que o plano de privatização de Bolsonaro tem como único objetivo satisfazer o interesse de grandes grupos econômicos internacionais.

A privatização da Vale é a cara mais trágica das privatizações, e a suas consequências para a vida da população trabalhadora foram explícitas com a tragédia de Brumadinho esse ano. Sob a lógica da otimização dos custos a qualquer preço, já é esperado que os leilões resultem em demissões e uma maior precarização das condições de trabalho nos aeroportos, além de piorar os serviços.

O leilão foi organizado pelo governo golpista de Temer, mas no fim do ano passado Bolsonaro havia anunciado que iria leiloar em março. O ministro de infraestruturas, Tarcísio Gomes de Freitas, também já havia anunciado que a intenção do governo é aprofundar as privatizações, chegando até mesmo a liquidar a Infraero, que é a estatal que administra os aeroportos pelo país e a cada dia vem ganhando menos peso.

As privatizações visam também agradar os donos da dívida pública brasileira. Grande parte dos recursos arrecadados nos leilões são utilizados para pagar os juros da dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta, que está nas mãos de poderosos grupos econômicos financeiros.

Bolsonaro quer submeter ainda mais o país aos ditames do capital estrangeiro. Ele se ajoelha frente ao Imperialismo para vender nossas riquezas e aprofundar os ataques aos trabalhadores e ao povo pobre, como vemos com a proposta da reforma da previdência. Seu governo veio para aprofundar os ataques do golpe, garantindo que os patrões e grandes empresários continuem lucrando enquanto descarregam a crise nas costas do povo pobre e aplicam reformas para os trabalhadores. É preciso que os sindicatos e entidades rompam sua paralisia e construam um verdadeiro plano de mobilização e lutas contra as privatizações e o conjunto dos ataques aos direitos dos trabalhadores, entre elas a reforma da previdência.

 
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