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FIM DA GREVE SERVIDORES SP
Apesar do Sinpeem e das direções, municipários SP encerram greve derrubando o corte de ponto
Nossa Classe - Educação

Os professores e servidores municipais de São Paulo estavam em greve desde o dia 4 de fevereiro contra o Sampaprev, projeto municipal de reforma da previdência levado a cabo pelo prefeito Bruno Covas. Dentre os principais pontos do acordo para o fim da greve estão o pagamento dos dias parados em até 7 dias úteis, abono de R$ 200 a R$300 para alguns setores das categorias, a promessa de não cobrança para além de 14% do salário dos servidores se a reforma da previdência nacional for aprovada, além de outras questões sobre a manutenção do fundo de previdência dos municipários.

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Os professores e servidores da rede municipal que, com as mulheres na linha de frente, fizeram a prefeitura recuar com a reforma no ano passado pela força da greve, desta vez não conseguiram arrancar do prefeito a derrubada do Sampaprev. Apesar da força de milhares de professores e servidores, da bravura de tantas mulheres dispostas a enfrentar a repressão policial para defender a garantia de suas aposentadorias, Bruno Covas concedeu uma proposta que não contempla aos objetivos dos servidores, que era a revogação do Sampaprev. O motivo disso é justamente o que o Esquerda Diário e o Movimento Nossa Classe Educação vieram apontando e denunciando durante todo o conflito desde seu início: a atuação das direções sindicais, especialmente o Sinpeem de Cláudio Fonseca, que não colocou o sindicato integralmente a serviço da vitória nesta greve, não batalhando pela sua massificação entre a base da categoria de professores e não buscando apoio da população. As direções sindicais das demais categorias do funcionalismo municipal também não se posicionaram sobre o ponto chave, que era a batalha para ganhar o apoio e a adesão de outras mais categorias do funcionalismo.

O motivo disso é também das centrais sindicais como CUT e CTB que não moveram uma palha para ajudar a fortalecer a luta dos professores e servidores, não sendo parte de disseminar a importância da greve entre as demais categorias de trabalhadores de São Paulo. A Apeoesp, dirigida há anos pelo PT, tampouco foi parte de batalhar pela ampliação desta luta, cujos professores estaduais inclusive também sofrem muito com a destruição da educação pública e também têm suas aposentadorias ameaçadas com a reforma da previdência de Bolsonaro.

Sobre o fim da greve, a professora municipal Grazi afirma: “Os servidores devem saber que a nossa luta não se encerra aqui. O governo Bolsonaro quer fazer de tudo para impor a sua reforma da previdência e fazer com que o pagamento da dívida pública aos banqueiros e imperialistas siga intacto. Nós precisamos seguir lutando contra essa reforma nacional e também tomando para as mãos dos trabalhadores o controle dos sindicatos, tirando eles das mãos dessas velhas direções sindicais que sufocam a nossa luta. Só assim será possível derrotar a reforma da previdência e o governo Bolsonaro, garantindo as nossas aposentadorias”.

 
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