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8 DE MARÇO
8M: saímos às ruas para exigir verdade e justiça por Marielle Franco
Redação
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Dentre os muitos motivos para as mulheres saírem as ruas nesse 8M, um deles certamente é a enorme ferida ainda aberta desde o assassinato de Marielle Franco, que em poucos dias completará 1 ano.

A execução da vereadora foi uma ferida aberta pelo golpe institucional no país, com a responsabilidade direta do Estado, e arde de forma ainda mais intensa em meio ao governo Bolsonaro, que conforme investigações revelaram possuir inclusive ligações com as milícias possivelmente a frente da execução.

Marielle, que sempre denunciou a ação truculenta da polícia nos morros cariocas bem como seu braço paraestatal, as milícias, foi assassinada em meio à Intervenção Federal do governo Temer no Rio de Janeiro. Marielle foi assassinada para calar uma voz contra os golpistas e seus ataques. O assassinato mostrou a farsa dessa democracia burguesa, onde matam à tiros na cabeça e impunemente uma parlamentar mulher, negra e de esquerda.

A resposta ao assassinato foi imediata, com dezenas de milhares indo às ruas gritar “Marielle presente!” e “Não à intervenção no Rio de Janeiro” um dia depois de seu assassinato e de seu motorista, Anderson. O rechaço massivo nas redes sociais e os atos em todo o país ecoaram um grito exigindo justiça por Marielle, mas também um sentimento político contra a intervenção federal, a violência policial e os avanços sobre os direitos que burguesia vem fazendo desde o golpe institucional.

É por isso que a extrema-direita reacionária encarnada por Bolsonaro e seus partidários de PSL não podem tolerar o símbolo de resistência e luta que a imagem da vereadora se tornou, por isso que atacam sua reputação e até as homenagens feitas a ela, como a placa quebrada por um deputado eleito pelo partido junto ao governador do RJ, Witzel.

Até agora os resultados das investigações falharam em apontar os executores e os mandantes do crime, persistindo a pergunta: quem mandou matar Marielle? Exigimos verdade e justiça. Que sejam presos todos os envolvidos nesse terrível crime político e que os políticos citados sejam retirados de seus cargos até o final das investigações. Os passos da verdade desse caso são tortuosos, confusos e muitas vezes, aparentam ser intencionados por fins políticos, o que nos leva a questionar se é realmente possível que algo de verdade possa vir da investigação sobre a morte de Marielle.

Para conquistar justiça, não é possível confiar nas forças do Estado. Exigimos que o Estado dê as condições para uma investigação independente, liberando as provas já obtidas e garantindo segurança das comissões indicadas pelos movimentos sociais, sindicatos e grupos de advogados ativistas para que investiguem em segurança.
A voz de Marielle contra o crescente autoritarismo de um regime em degradação, em que o pacote anti-crime de Sergio Moro dá licença para os policiais matarem, em que o obscurantismo da ministra Damares ameaça as mulheres, em que a reforma da previdência tem como alvo as mulheres, os negros e a população mais pobre, se faz ainda mais necessária. É por isso que neste 8 de março saimos às ruas contra Bolsonaro e seus ataques, e exigindo uma vez mais justiça por Marielle!

 
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