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8 DE MARÇO
Neste 8 de março, PT e CUT permanecem paralisados ante os ataques de Bolsonaro
Redação

Neste 8 de março, milhões de mulheres de diversas categorias trabalhistas que estão sofrendo com as reformas e as ameaças de privatizações e demissões não encontraram em seus sindicatos uma maneira de expressar sua politização. O PT, que controla a CUT e por sua vez dirige milhares de sindicatos, manteve sua paralisia neste dia de hoje, garantindo que Bolsonaro e a trupe de neoliberais desfrute de uma “lua de mel” em seu início de governo.

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8 de março, dia internacional das mulheres. Data em que historicamente as mulheres saem às ruas para se levantar pela conquista de direitos e contra a opressão capitalista internacionalmente. Na Argentina e em outros países do globo, as mulheres mostram que o novo cenário da luta de classes a nível internacional tem as mulheres como linha de frente dos trabalhadores. No Brasil, apesar da enorme politização principalmente em setores femininos, o que prima é a paralisia das centrais sindicais que não organizaram em nenhum local de trabalho um plano para que as mulheres expressassem sua revolta nas ruas ou nos locais de trabalho no dia de hoje.

Essa paralisia tem autoria consciente: o PT, e as centrais sindicais ligadas a ele, como a CUT e a CTB (dirigida pelo PCdoB de Manuela D’Ávila). Mesmo dirigindo milhões de trabalhadores através dos sindicatos, o PT separa conscientemente a luta das mulheres da luta da classe trabalhadora, não organizando os locais de trabalho para que o 8M seja uma demonstração de forças contundente das mulheres na linha de frente contra os ataques de Bolsonaro.

Em reuniões com diversos organizações políticas e coletivos feministas, a linha do PT foi de isentar o governo Bolsonaro de estar no centro do rechaço e do ódio das mulheres. Mais uma vez, a política do PT e da CUT, ao contrário de organizar as trabalhadoras, foi de batalhar por uma paz social que parte de legitimar o governo: “já que ele foi eleito democraticamente” e mostram que a tática do PT é sentar e esperar as eleições de 2022, enquanto os trabalhadores estão sendo massacrados.

O dever da CUT e das centrais sindicais deveria ser justamente o de explicar para a população que o governo Bolsonaro vai aplicar a Reforma da Previdência, que está aproximando um plano de privatizações que vai acarretar na demissão em massa de trabalhadores e trabalhadoras, aumentando com a reforma trabalhista a terceirização (que agora atinge todos os postos de trabalho) que afeta principalmente as mulheres pobres e negras, além de todos os cortes e completa destruição dos serviços públicos.

Como se não bastasse, o governo imperialista de Donald Trump se apoia em Bolsonaro para uma nova ofensiva colonizadora na América Latina, e tenta forçar um reacionário golpe de Estado na Venezuela. A direita golpista latino-americana junto aos EUA se apoiam no justo descontentamento da população venezuelana diante da situação econômica e social catastrófica, imposta pela política autoritária de Nicolás Maduro, para tentar aplicar um golpe que agravará ainda mais a penúria, a dependência e a submissão dos trabalhadores venezuelanos.

No Brasil, a tarefa do PT e das centrais é já há muito tempo organizar um grande ato unitário contra a intervenção imperialista na Venezuela, que ataca em primeiro lugar nossas irmãs de classe no país vizinho. Mas se calam e não organizam nada. Repudiamos a intervenção imperialista sem qualquer apoio político a Maduro: diante disso, fica claro que o PT não pode ser um impulsionador da luta das mulheres em toda a América Latina contra a investida ianque

As mulheres estão na linha de tiro desse governo, são os primeiros alvos. Essas centrais sindicais que organizam milhões de trabalhadores em todo o país dizem que o foco é a luta contra a Reforma da Previdência, mas não movem uma palha para organizar e mover as trabalhadoras a partir dos sindicatos. Isso mostrou que a suposta “unidade das mulheres”, para o PT e a CUT, é uma mentira.

Os trabalhadores com as mulheres à frente precisam superar suas direções sindicais, e retomar os sindicatos em suas mãos. Esta luta é urgente.

 
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