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PREVIDÊNCIA DO CHILE
No Chile, mais um casal de aposentados se suicidam devido a precarização da Previdência
Redação

A Reforma da Previdência que Bolsonaro e Paulo Guedes que aplicar no Brasil, vai tirar vários direitos dos trabalhadores e com um discurso demagógico que vai melhorar a economia. Porém no Chile, uma reforma similar foi feita a 40 anos atrás onde retirou vários direitos e precarizou a aposentadoria dos trabalhadores, onde muitos idosos, como um casal de Santiago, cometem suicídio.

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Mais um casal de idosos se suicidam em sua própria casa, em El Bosque, ao sul de Santiago, no início de fevereiro no Chile por falta de recursos para sustentar os gastos diários após anos de trabalho. Assim como tantos outros aposentados, entregaram mais de 10% de seus salários sem nenhum auxílio do Estado ou de patrões. As crises econômicas que o Chile vem atravessando ao longo do tempo fez com que parte da população de 3° idade perdessem suas economias pois estavam sujeitas a instabilidade do mercado.

José Aedo de 94 anos e Blanca Saez de 86, são a cara mais dura dos resultados da reforma da previdência no Chile, 1° país a privatizar a aposentadoria, que foi aprovada há quase 40 anos atrás, com a justificativa de que esta medida iria ajudar o país a crescer, o que até hoje não ocorreu, e que segundo o Instituto Nacional de Estatística do Chile, de 2010 a 2015, 936 idosos com mais de 70 anos tiraram suas vidas por não conseguirem se manter financeiramente.

Essa mesma justificativa defendida pelo superministro da economia Paulo Guedes, ultraneoliberal da escola de Chigago, é sócio fundador do antigo banco Pactual, atual BTG Pactual. (No Chile, são apenas seis administradoras que gerem a previdência dos chilenos e o banco do qual Paulo Guedes é fundador, está entre eles) visa defender um projeto em que se almeja substituir o atual modelo de repartição (no qual os trabalhadores ativos bancam a aposentadoria dos inativos) por um modelo de capitalização (em que cada um contribui para sua própria aposentadoria). Fazendo com que os patrões enriqueçam às custas do trabalho da população.

A reforma da previdência que a burguesia e os grandes aliados de Bolsonaro querem que seja aplicada às pressas, dentre os pontos mais emblemáticos seriam a idade mínima, que atualmente é de 60 anos para as mulheres e 65 para os homens com 15 anos de contribuição passaria a ser no setor privado, segundo a proposta de Bolsonaro, 65 anos para homens e 62 para mulheres com 20 anos mínimos de contribuição. Já no caso do setor público seria a mesma idade, mas com a exigência de 25 anos de contribuição, querendo assim explorar cada vez mais o suor da classe trabalhadora.

A crise capitalista avança cada vez mais e impõe duras reformas aos trabalhadores e à população para garantir que os países imperialistas sigam lucrando. É por este motivo que querem implementar, no Brasil, a reforma da previdência, e fazer com que os trabalhadores não tenham mais como ter direito à previdência pública integral. Este pode ser o Brasil daqui alguns anos, pois é isso o que o capitalismo reserva ao futuro dos trabalhadores e da população.

Mas ainda não está dado que será assim. É preciso que a classe trabalhadora brasileira se mobilizem para lutar contra a reforma, através de greves como a dos professores e servidores em São Paulo que lutam contra o SampaPrev e fazendo com que as centrais sindicais rompem com suas paralisias e façam o plano de lutas e mobilizem os trabalhadores em seus locais de trabalhos e estudos para barrar este brutal ataque que os capitalistas querem aplicar para que os trabalhadores trabalhem até morrer.

 
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