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RIO DE JANEIRO
Para os racistas Witzel e Crivella, a vida dos negros destruída pela chuva não vale nada
Redação Rio de Janeiro

As fortes chuvas que ocorreram na última quarta-feira (6) deixaram 6 mortos, em favelas como Rocinha e Vidigal a água entrou pelas casas, destruiu pertences, arrastou motos e carros. Trabalhadores e trabalhadoras tiveram que retornar do trabalho para casa enfrentando não apenas as fortes chuvas, mas também andando por ruas alagadas da Zona Sul e do Centro da Cidade, esperando madrugada adentro os ônibus que passavam por vias obstruídas pelas árvores, para no seguinte voltarem por essa mesma cidade destruída a mais um dia normal de trabalho.

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A vida do trabalhador em especial nesse dia (6/2), não foi fácil, mas o que dá mais raiva não é apenas a maneira desprezível que governantes tratam suas vidas, em particular da população negra. Os discursos do prefeito Marcelo e Crivella e do Governador Wilson Witzel sobre os danos da forte chuva escancaram a demagogia e o racismo que encaram a vida de cada negro e negra carioca.

O bispo Crivella falou em entrevista ao Bom Dia Rio (08/02) que a chuva “surpreendeu inclusive os meteorologistas” querendo se eximir de qualquer responsabilidade das mortes e da destruição da cidade e demagogicamente afirmou que a tempestade havia causado danos apenas na Av. Niemeyer (onde houve deslizamento de terra deixando vítimas fatais) e que “o resto da cidade estava normal”. O prefeito ao mesmo tempo em que tentou minimizar a tragédia, reduziu a verba utilizada contra enchentes, de um total de R$ 771 milhões a prefeitura utilizou somente R$ 166 milhões que equivale a 22% do orçamento disponível.

Witzel, por outro lado, tentou a todo o momento colocar a culpa da destruição causada pela chuva nas prefeituras da cidade, tentando tirar o corpo fora da tragédia capitalista e mesmo com mortes e danos irrecuperáveis nas vidas dos trabalhadores disse que “os danos foram mínimos”.

Seu descaso e reacionarismo com os trabalhadores, sobretudo os negros, não é nenhuma novidade, com discursos nojentos de que a “polícia tem que mirar na cabecinha” e a defesa de snipers pra reprimir favelas, seu governo sujou ainda mais as manos de sangue com o assassinato de dois trabalhadores negros pela PM-RJ

Para Witzel e Crivella a vida dos negros pouco importam, eles estão preocupados com os lucros dos capitalistas, drones pra reprimir favelas, sua igreja e emissora de TV. A destruição de áreas especificas da cidade, principalmente favelas como Vidigal e Rocinha, mostra como a falta de investimento público nessas regiões, principalmente em infraestrutura e saneamento é parte uma política racista onde nossas vidas de trabalhadores e trabalhadoras negras não vale nada.

Witzel e Crivella continuam ignorando e desprezando essas vidas, hoje três dias após essa tragédia, esses mesmos trabalhadores ainda não voltaram à normalidade de suas vidas, passam horas limpando os soterramentos de lama em suas casas e ruas, tirando árvores que obstruem as vias e becos que passam diariamente.

Tragédias como essa tornam urgente a necessidade de um plano de obras públicas coordenado pelos próprios moradores que possam fornecer uma infraestrutura adequada a áreas que sempre são destruídas por fortes chuvas e gerar empregos na região. Que tenha um plano de saneamento básico que possa recuperar o nível adequado da saúde da população e que possam viver com mais dignidade e qualidade de vida.

 
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