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MOVIMENTO OPERÁRIO
Que a Conlutas e a Intersindical convoquem um encontro operário para organizar a luta contra a GM e as reformas
Redação

A pressão dos trabalhadores da GM de Gravataí/RS fez a empresa anunciar um recuo das 21 medidas de ataque que visavam implementar mudanças previstas na reforma trabalhista, aprovada pelo governo golpista de Temer em 2017. Entretanto, a ameaça se mantém nas demais plantas da empresa. Na última sexta (1o) entidades sindicais que integram o Brasil Metalúrgico e deliberaram um ato unificado para o dia 20 de fevereiro. É necessário que este dia seja parte de um plano de lutas que integre, desde as bases, todas as categorias afetadas por estas medidas para travar uma verdadeira batalha de classe contra a aplicação da reforma trabalhista e contra a reforma da previdência.

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A reforma trabalhista foi aprovada em 2017 mas até agora não foi implementada até o final nos principais bastiões da classe operária brasileira. A General Motors propôs ainda em janeiro um plano com 21 medidas que prevêem redução do piso salarial, fim do PPR, mais terceirização e precarização do trabalho, entre outros pontos respaldados pela reforma. Frente a isso os trabalhadores da GM de Gravataí realizaram dois protestos e conseguiram fazer com que a empresa anunciasse recuo. A planta do Rio Grande do Sul já conta com um dos menores pisos da categoria metalúrgica do país. Em São José dos Campos e São Caetano também ocorreram assembleias e atrasos de entrada de turno. Porém, para derrubar tais medidas da empresa em todo o país é necessário uma mobilização muito maior.

Na última sexta-feira (1o) entidades sindicais do Brasil Metalúrgico se reuniram em São Paulo para pautar a situação. Tais medidas da GM, caso sejam implementadas, afetam toda a cadeia produtiva e significarão ataques, retirada de direitos e mais exploração para trabalhadores de diversos ramos e empresas, além dos operários da própria GM que verão suas condições de trabalho e de vida ainda mais precarizadas. Além de sindicalistas ligados à categoria metalúrgica estiveram presentes na reunião representantes de sindicatos de químicos, vidreiros, borracheiros, comerciários e da indústria de material plástico.

A reunião dos sindicalistas deliberou um ato unificado no dia 20 de fevereiro, quando as Centrais Sindicais convocam uma plenária nacional contra a reforma da previdência, e também um jornal de todas as categorias. É necessário que este ato seja massivo e unifique trabalhadores de diferentes empresas e ramos produtivos e por isso precisa ser construído e convocado em cada local. Porém, um dia de luta não é capaz de derrotar os planos das patronais. Assim como nacionalmente as centrais sindicais não apresentam nenhum plano de lutas para enfrentar o ataque que o governo Bolsonaro planeja contra as aposentadorias, o Brasil Metalúrgico também não organiza nenhum calendário de mobilização à altura da tarefa de derrotar a implementação da reforma trabalhista na GM. Esta trégua das centrais sindicais e dos sindicatos ligados a elas vem desde o governo Temer e tem que ser rompida por pressão dos trabalhadores. Foi a política traidora de CUT, dirigida pelo PT, CTB, dirigida pelo PCdoB, da Força Sindical, dirigida por Paulinho do Solidariedade, e outras que permitiu a aprovação da reforma trabalhista em 2017, após a greve geral convocada para 30 de junho ser boicotada e traída pelas burocracias.

Frente à dimensão e importância nacional deste ataque da GM, a Conlutas e Intersindical ocupam postos estratégicos nestes conflitos. Não só na GM mas também em outras montadoras e metalúrgicas e outras categorias importantes como Metalúrgicos de Campinas, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos e o sindicato de químicos de Vinhedo, onde os trabalhadores também estão sob ataque na planta da Unilever. São duas centrais sindicais que se colocam à esquerda das demais centrais. É necessário que cumpram o papel de impulsionar a unidade entre essas categorias, criando uma coordenação entre os trabalhadores das fábricas e cadeias produtivas onde têm inserção, para organizar um encontro de trabalhadores que vote um plano de lutas em comum e uma exigência contundente às demais centrais sindicais. Neste momento os servidores municipais de São Paulo estão em greve contra o prefeito Covas e o SampaPrev. No metrô de São Paulo os trabalhadores também se mobilizam contra a privatização, pela readmissão de um trabalhador injustamente demitido sem nenhum direito e contra mudanças que o metrô e o governo querem impor para explorar mais a categoria. Um encontro convocado pelas entidades sindicais que se colocam à esquerda de CUT, CTB e Força Sindical, pode ser um primeiro passo para a necessária unidade entre todas as categorias que se enfrentam com os governos e os patrões.

Isso pode influir nos conflitos colocados no sentido de construir a mobilização necessária para frear a implementação da reforma trabalhista de Temer, além de colocar os trabalhadores em melhor condições para enfrentar a reforma da previdência que Bolsonaro quer apresentar no próximo mês para fazer a classe trabalhadora brasileira trabalhar até morrer. Os trabalhadores derrotarem as patronais e os governos agora coloca toda a classe trabalhadora em melhores condições para enfrentar o governo em defesa das aposentadorias e contra as privatizações com quais Paulo Guedes quer entregar o país para o capital estrangeiro.

 
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