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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro tem alvo: as mulheres trabalhadoras
Redação

A equipe econômica do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL) elaborou um projeto de PEC que prevê que a idade mínima para a aposentadoria seja de 65 anos para homens e mulheres.

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Como noticiado pelo portal online do jornal O Estado de São Paulo, o texto da proposta faz uma vasta mudança nas regras atualmente utilizadas na aposentadoria para cumprir promessa feita por Paulo Guedes, ministro da Economia, de elevar para R$1,3 trilhão a economia em 10 anos nas despesas do governo. O esboço do projeto ainda vai passar pela análise de Bolsonaro, mas, de fato, os capitalistas já mostraram seu apreço pelo texto: a Bolsa de Valores bateu um novo recorde de 98.588 mil pontos.

Paulo Guedes e sua equipe escancaram que, para passar os ataques econômicos, vão passar por cima das mulheres trabalhadoras e fazer com que trabalhem até morrer. Afinal, a implementação de uma idade mínima igual para homens e mulheres arrebenta a corda para quem cumpre a dupla/tripla jornada do trabalho fora de casa e do trabalho doméstico, a criação dos filhos, trabalhos essenciais para a reprodução da vida, são completamente negligenciados pelos governos e patrões, sobrecarregando e adoecendo as mulheres. E muitas têm os salários muito menores que os dos homens, chegando ao absurdo de as mulheres negra receberem em média 60% menos que os homens brancos.

De fato, às vésperas de se completar um ano do assassinato de Marielle Franco, que permanece impune e se mostra como uma das feridas abertas do golpe institucional, a corja de Bolsonaro se arma para que a Reforma da Previdência seja aprovada, como vemos com a eleição de Rodrigo Maia, ferrenho defensor dela, para a presidência da Câmara dos Deputados. Cada ataque aos direitos das mulheres é parte de uma engrenagem que trabalha para a aplicação de todas as reformas. Assim atuam as centrais sindicais e as principais direções do movimento de mulheres: separando as nossas demandas da luta contra os ataques econômicos.

Enxergar que a luta das mulheres faz parte da luta contra os ataques econômicos, ao contrário do que fazem CUT e CTB, faz com que a energia das mulheres a partir de cada local de trabalho e estudo amplie e massifique a luta para impor uma derrota aos planos da direita. A chamada “resistência democrática” meramente parlamentar de PT, PCdoB e suas centrais sindicais expressa o que foi a organização do 8 de março, em que defenderam que a marcha das mulheres não deveria se se colocar contra Bolsonaro.

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Por isso, é preciso organizar um plano de lutas contra a Reforma da Previdência: não se pode esperar o governo fechar os acordos com o congresso para começar a organização, ainda mais com uma proposta de texto já encaminhada. E isso é tarefa de toda a esquerda, em especial do PSOL e suas parlamentares, levantar em alto e bom som essa exigência às centrais para romper com qualquer estratégia que limite as mulheres no sentido do desenvolvimento de uma luta anticapitalista, capaz de colocar abaixo o obscurantismo que serve para calar nossas vozes. A força das mulheres organizadas pode transformar esse 8 de março no primeiro grande ato contra os ataques do governo Bolsonaro.

 
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