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CRISE NO RIO GRANDE DO SUL
Greve dos servidores do RS é retomada sem recuo do governo Sartori
Thiago Mathias
São Paulo |

O governo Sartori vem seguindo sua intransigência em manter o ataque aos trabalhadores sem recuos. A crise no orçamento do RS não tem previsão de se atenuar e segue com as articulações entre os partidos em como a Câmara dos Deputados aprovará todas as medidas de ataque.

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Entre as propostas, estão o aumento de 17% para 18% da alíquota básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de 25% para 30% das alíquotas sobre os setores de combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e bebidas, entre outros.

Líder do PMDB na Câmara do RS chama trabalhadores de “vadios”

O PMDB tenta disciplinar sua base de governo, alegando que está é uma crise herdada pelo PT de Tarso Genro e ampliada pela política do governo federal de Dilma, mas partidos como PSB e PSD tentam fugir da péssima repercussão que o retorno do ICMS pode trazer, gerando uma crise no governo estadual.

O PT, de Tarso Genro, tenta se desvencilhar da responsabilidade e se articula com as lideranças das centrais sindicais governistas para utilizarem das greves dos servidores como mera ferramenta de desgaste, impedindo que se desate uma greve geral por tempo indeterminado, que poderia unificar servidores com o conjunto da população que rejeita os planos de reajuste.

Álvaro Boéssio, deputado que recebe salário de R$16,500 afirmou que os funcionários públicos são vadios e que são “privilegiados”. Neste dia 31 de agosto estes funcionários receberam R$600 de salário pelo governo, devido a política de ajuste do PMDB. Mas nem todos os servidores tiveram seus salários cortados ou parcelados. Deputados, assessores, juízes, membros do Tribunal de Contas e defensoria pública não tiveram parcelamentos.

O salários e privilégios deste setor da “alta cúpula” da administração burguesa foram bem protegidos pelo governo de Sartori e Boéssio. Até mesmo o jornal ZeroHora saiu em denúncia, afirmando que o conjunto dos salários desta classe política representa quase 80% do que é gasto com todos os servidores que estão sendo afetados pela política de ajustes.

Servidores voltam a paralisar por tempo determinado

Nesta segunda foi retomada a greve geral dos servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul, contra o parcelamento e atraso nos salários dos servidores e o projeto de lei de Responsabilidade Fiscal, que na prática irá privatizar e terceirizar diversos serviços e retornar com a cobrança do ICMS.

Os servidores já haviam feito um dia de paralisação em 3 de agosto e juntamente com os professores realizaram três dias de greve entre dias 18-20 de agosto. Agora retomam a paralisação por tempo determinado do dia 31 ao 03 de setembro.

A direção da Federação dos Servidores do Estado do RS (Fassergs) segue o plano de conter uma greve por tempo indeterminado, mas a pressão nas bases é muito grande, e já começam a dialogar afirmando ser possível “a prorrogação até sexta feira”. A burocracia irá avaliar a partir da passeata marcada para o último dia de greve a pressão que pode ocorrer. É fundamental que as oposições constituam uma frente única por um terceiro polo anticapitalista e classista que defenda um programa distinto das centrais governistas.

 
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