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Deputado do PSL propõe ao MEC que livro enaltecendo torturador Ustra seja obrigatório no EM
Redação
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O deputado federal do PSL eleito pelo Ceará, Heitor Freire, se reuniu com o atual Ministro da Educação Ricardo Veléz, o mesmo que declarou que “As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual”, e que “A ideia de uma universidade para todos não existe”, para discutir assuntos como mudança no currículo da educação básica. O encontro contou com a presença de outros deputados do PSL e, também, deputados do PRP.

Entre os planos do deputado cearense para a educação está a inclusão de um livro do torturador da ditadura Ustra na bibliografia obrigatória do Ensino Médio do País. Como se fosse pouco este absurdo, propôs ainda a inclusão de um livro do Olavo de Carvalho.

O Ministro da Educação saudou o encontro que discutiu também como tornar mais antidemocrático ainda o processo de escolha dos reitores das universidades federais. Sobre isso, o deputado do PSL visa apresentar um projeto de lei que deixe a cargo exclusivo do presidente a escolha dos reitores das universidades federais. Mais uma vez reafirmando sua defesa escancarada de um modelo educacional elitista, excludente e racista, onde a imensa maioria da juventude trabalhadora, negra e pobre está excluída das universidades – e a maior parte dos que têm acesso a elas está nas universidades privadas, pagando pelo que deveria ser um direito.

O Ministro da Educação do governo Bolsonaro declarou que a reunião discutiu também a retirada da ideologia e doutrinação das universidades. Disse ainda que há por parte dos deputados presentes na reunião um empenho pela reestruturação da educação básica no país.

Tal qual Bolsonaro e seus filhos, o ministro e deputados desta reunião fingem se importar com a educação enquanto propõe medidas que atacam o livre pensamento, e impõe leituras que condecoram torturadores sanguinários do período da ditadura militar. Atacam os trabalhadores da educação por todo país e buscam garantir uma educação cada vez mais precária a fim de que os filhos dos trabalhadores se enquadrem nos moldes da Reforma Trabalhista.

Negam o direito básico de uma educação plena aos filhos dos trabalhadores enquanto aumentam as medidas para garantir os lucros do capital privado da educação. Enquanto isso, teorizam contra o marxismo e Gramsci, contra a militância política de esquerda nas universidades agindo contra os mais mínimos traços democráticos em nosso regime degradado. Colocam o problema da educação como um problema dos "professores de esquerda", enquanto são eles quem estão deteriorando o ensino público e tentam calar que professores denunciem essa situação.

 
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