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BARRAGENS EM RISCO
Barragens de água no Espírito Santo apresentam riscos desde a construção
Redação

No Espírito Santo, barragens de água possuem problemas antigos de vazamento apresentando um potencial risco de rompimento.

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O Espírito Santo possui 98 barragens de reserva de água particulares registradas no cadastro de segurança da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e outras 15 públicas, sendo seis entregues e nove ainda em construção.

Duas das três barragens que correm risco de rompimento ficam em São Roque do Canaã no Espírito Santo. As barragens Santa Júlia e Alto Santa Júlia apresentaram problemas durante a construção. Segundo a Agerh, já houve vazamentos e comprometimento da estrutura do maciço das barragens e que a empresa havia se comprometido a fazer as adequações, mas, nas vistorias que a agência realizou recentemente, ainda está sendo detectado algum tipo de vazamento de água, e quando "tem fuga de água não esperada isso já chama atenção para um potencial risco. Se está fugindo água pela estrutura principal, significa que ela precisa receber adequações. Senão, ao longo do tempo pode ter risco de romper."

A terceira barragem onde foram identificados comprometimentos estruturais é Duas bocas em Cariacica. Neste caso, o problema está na idade da construção, que tem quase 70 anos. Nenhuma das 98 barragens monitoradas pelo órgão conta com sistema de alerta para avisar a população do entorno em caso de anormalidade.

Não bastasse o episódio de Mariana quando o rompimento da barragem do Fundão matou 19 pessoas além de ser o maior desastre do país em termos ambientais, e que segue impune mas que poderia ter servido como lição, a Vale e os governos estaduais e federal sujam mais uma vez as mãos de sangue operário, 3 anos depois, no crime monstruoso da Vale em Brumadinho, e ainda que sejam outras empresas, como a empresa responsável pelas barragens de água no Espírito Santo, a lógica do lucro e o descaso com a população seguem anunciando mais tragédias com os locais de trabalho cheios de riscos e com forte impacto social e ambiental.

Essas tragédias devem nos mobilizar também contra os planos econômicos do governo Bolsonaro e seu guru economista Paulo Guedes, que em todas as oportunidades que tiveram, falaram em nome da diminuição de fiscalização às mineradoras, um programa que quando ligado à sede de lucro desses grupos capitalistas, pode levar rapidamente a novas tragédias como essas.

É preciso lutar pela re-estatização da Vale e de todos os serviços, sem nenhuma indenização a esses parasitas que lucram com as riquezas do país e mesmo sobre os nossos cadáveres continuam enriquecendo, colocando-a sob gestão de seus trabalhadores e especialistas do meio ambiente, com controle popular para garantir as mais seguras práticas de mineração e trabalho, para que as grandes fortunas do subsolo do país sirvam não mais aos interesses dos imperialistas, mas sim do povo brasileiro, garantindo saúde, educação, transporte e moradia a milhões de pessoas.

 
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