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DAVOS
Bolsonaro vai à Davos assinar agenda de ataques para vender país aos imperialistas
Redação

Jair Bolsonaro sai em sua primeira viagem internacional 21 dias após tomar posse. Viaja para a Suíça, onde vai participar do Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos, para negociar com a elite econômica global a melhor forma de aprofundar a submissão do Brasil ao imperialismo e atacar os trabalhadores e a população com suas reformas, privatizações e cortes de gastos públicos.

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A comitiva brasileira é composta por equipe liderada pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, além de um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), do governador de São Paulo, João Dória, e até o apresentador de TV, Luciano Hulk.

Guedes, o guru de Bolsonaro, deverá expor as principais linhas do seu escravista plano econômico, sustentado em reformas profundamente anti-operárias, privatizações e corte dos gastos públicos. O governo apresentará diante dos líderes mundiais o esboço da reforma da Previdência, que pretende levar ao Congresso em meados de fevereiro, utilizando-se do texto que o golpista Michel Temer tentou aprovar em seu governo, sem sucesso.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, fica a cargo da Presidência do Brasil a partir do momento em que o avião da força aérea nacional deixou território brasileiro. Esta será a primeira vez desde a ditadura militar que haverá um general, mesmo que da reserva, como presidente em exercício do Brasil.

Bolsonaro deixa o Brasil em meio a uma crise política, com instabilidade dentro de seu próprio partido, além dos escândalos envolvendo seu filho Flávio Bolsonaro, que esteve no Palácio da Alvorada para uma reunião com seu pai, antes da viagem.

O que é o Fórum Econômico Mundial?

O Fórum Econômico Mundial é um evento internacional que reúne líderes políticos e empresários, donos de multinacionais dos mais poderosos do mundo todo para abordar temas que vão desde a abertura da economia até o suposto combate à corrupção, garantindo a manipulação do cenário político e econômico favorável à essa elite econômica mundial, principalmente em tempos de crise. Se dá todo ano, no fim de janeiro, em Davos, nos Alpes Suíços.

Esse ano, o evento acontece entre os dias 22 e 25, e entre os temas que serão discutidos este ano estão o combate às mudanças climáticas, plano de submissão ao imperialismo por parte dos países dependentes, imigração e até o "déficit de líderes" no mundo.

Donald Trump e a delegação americana cancelaram sua participação no evento esse ano. O chinês Xi Jinping, o francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra britânica Theresa May e o argentino Mauricio Macri também não vão à Suíça.

Destaque para Bolsonaro e seu plano de ataques

No Fórum, Bolsonaro terá 45 minutos no discurso de abertura para se apresentar à elite econômica global seus planos de privatização, cortes e reformas. Além de ter que lidar e responder às figuras do mercado financeiro internacional sobre as suas posições críticas à globalização, seguindo os passos do seu “amo”, o americano Donald Trump; além das suas posições contrárias às políticas pró-ambientais, inclusive os acordos imperialistas. As relações do Brasil com a China também receberão atenção no evento.

Bolsonaro afirmou que apresentará uma agenda baseada em reformas econômicas e uma suposta “luta anticorrupção”, buscando agradar os capitalistas do imperialismo mundial e fazer as suas vontades.

Se Trump e o atual governo dos EUA por um lado boicotam o fórum em razão de ignorar as regras e os acordos econômicos discutidos pelas tendências ditas "globalizadoras" para impor seus próprios acordos e tarifaços, no caso do Brasil a presença em um fórum como este não significa outra coisa senão a completa submissão do país aos interesses imperialistas, sejam eles ora mais "globalizadores" ou de nacionalismos econômicos.

“Não são bem-vindos”

Antes mesmo de sua chegada em Davos, Bolsonaro e todo seu reacionarismo já eram aguardados com protestos; um cartaz com as fotos do premiê israelense Benjamin Netanyahu e Bolsonaro com os dizeres "Não são bem-vindos" emergiu nas manifestações de praxe que precedem o Fórum Internacional.

Ainda que em alguns casos, os capitalistas em Davos vejam com desconfiança as declarações mais reacionárias de Bolsonaro, como sobre os pactos ambientais ou a mudança da embaixada brasileira para Israel, nenhuma medida adotada em Davos será em prol da classe trabalhadora e do povo pobre brasileiro, mas sim para garantir a continuidade da vassalagem de Bolsonaro ao imperialismo, entregando o Brasil e seus recursos e garantindo a crise continue sendo paga pelos trabalhadores.

 
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