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RACISMO NA CIÊNCIA
Cientista que ajudou a descobrir DNA perde honrarias após afirmações racistas
Redação

Fundador da genética moderna e um dos pesquisadores que descobriu a estrutura de dupla hélice do DNA, James Watson explicita o racismo enraizado na ciência.

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Imagem: ODD ANDERSEN / AFP/20-05-2005/ O Globo

Ao longo da história recente, diversos cientistas tentaram justificar a escravidão e o racismo a partir de investigações supostamente científicas. A exemplo de cientistas estadunidenses que afirmavam que a cor negra era uma doença genética semelhante ao que na época era chamada de Lepra; ou mesmo na psiquiatria, quando Samuel A. Cartwright cunhou o termo drapetomania, que definia a necessidade dos escravos de fugirem das fazendas como uma doença mental. Eram inúmeros estudos, da craniologia à psiquiatria, tudo para comprovar as teorias racistas. Embora em uma tendência que pelo menos publicamente é contrária atualmente, a ciência ainda é utilizada para corroborar a suposta inferioridade racial, mantendo uma tendência que nunca se extinguirá enquanto o capitalismo vigorar.

Essa tendência novamente se explicitou a partir de declarações de um dos maiores cientistas vivos, James Watson. Há 10 anos ele já tinha declarado que pessoas brancas são intrinsecamente mais inteligentes que as negras. Dessa vez, em um documentário recém-divulgado pela emissora americana PBS, ele afirmou que "raça e inteligência estão conectadas".

Em 2007, em uma declaração a um jornalista britânico, o cientista afirmou que gostaria de crer na igualdade entre “raças”, porém "as pessoas que precisam lidar com empregados negros sabem que isso não é verdade". Uma declaração que escancara tanto o racismo quando a exploração do trabalho precário que é relegado majoritariamente à população negra.

Apesar de pedido de desculpas de Watson, o Laboratório Cold Spring Harbor (CSHL, na sigla em inglês) afirmou que os últimos comentários do pesquisador “efetivamente reverteram o pedido de desculpas e a retratação feita pelo Dr. Watson em 2007”. “As declarações que ele fez no documentário são completamente e totalmente incompatíveis com a nossa missão, valores e políticas, e exigem o corte de quaisquer vestígios remanescentes de seu envolvimento", afirmou o laboratório.

O Laboratório Cold Spring Harbor (CSHL, na sigla em inglês) informou que revogou todos os títulos e honrarias de Watson, que liderou o laboratório por muitos anos.

Com informações do jornal O Globo.

 
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