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SAMPAPREV
Covas presenteia com cargos e favores os vereadores que ajudaram a aprovar o SAMPAPREV
Redação
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Pouco mais de uma semana da aprovação da reforma da previdência municipal de São Paulo – SAMPAPREV –, no dia 4 de janeiro, o prefeito Bruno Covas assinou um decreto e realizou uma série de nomeações para atender os interesses de seus aliados políticos na Câmara durante o processo de aprovação da reforma. Isso escancara o fato de que as necessidades e os direitos da população e de milhares de servidores municipais são apenas moeda de troca para grande maioria dos vereadores da cidade.

O decreto assinado se trata da reafirmação de regras para os funcionamentos de aplicativos de transporte como o UBER e 99. Este atende a um acordo político com Adilson Amadeu do PTB que votou a favor da reforma da previdência municipal. A base eleitoral de Adilson Amadeu é formada por taxistas que comemoraram a aprovação do decreto.

As nomeações realizadas são basicamente substituições da maioria dos subprefeitos da cidade por nomes próximos aos aliados políticos e lideranças partidária envolvidos na aprovação da reforma da previdência. Como por exemplo, Thiago Milhim, liderança nacional do Podemos, que será o novo subprefeito da Casa Verde/Cachoeirinha. O Podemos deu dois votos favoráveis à reforma. Ou a escolha de Sandra Cristina Leite Santana para a subprefeitura da Brasilândia por indicação da vereadora Aline Cardoso (PSDB) que se licenciou de seu cargo na pasta de Desenvolvimento Econômico apenas para participar da votação do SAMPAPREV. A partir da troca de subprefeitos uma série de novas nomeações serão realizadas para comtemplar cargos nas subprefeituras.

Logo após a primeira votação na câmara ter aprovado o SAMPAPREV no dia 21 de dezembro um grupo de servidores municipais encurralou o vereador Massataka Ota (PSB) e gravaram um vídeo em que ele escancara o esquema de trocas de favores entre o legislativo e o executivo. Ota afirmou que perdeu 20 cargos na Câmara após ter votado contra o projeto do SAMPAPREV em março de 2018. Um forte indicativo de que aqueles que se aliassem ao governo seriam agraciados e aqueles que não dessem seu apoio perderiam privilégios e cargos.

Nós já havíamos denunciado o acordão que levou a eleição de Eduardo Tuma (PSDB) para presidente da câmara. Defensor da reforma da previdência, Tuma foi eleito por 51 dos 55 vereadores incluindo o presidente do SINPEEM – maior sindicato de trabalhadores da educação do município – Cláudio Fonseca do PPS e toda a bancada Petista. Eles que disseram ser contra a reforma votaram fortalecendo os setores que aprovaram o SAMPAPREV.

Tudo isso mostra que a maioria dos vereadores da casa, que recentemente aumentaram seus próprios salários em 26%, não estão a serviço dos interesses da população, mas apenas atuam em prol dos interesses do empresariado e do capital financeiro – setores apoiadores da reforma da previdência – e para manutenção e ampliação de seus próprios privilégios.

 
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