A prefeitura do Rio, atualmente sob comando de Crivella (PRB - RJ), não informou ao funcionalismo municipal a previsão do calendário de pagamentos dos funcionários. Até 2017, primeiro ano da administração municipal, os calendários de pagamentos dos funcionários do município eram feitos de forma antecipada, adiantando as datas até o final do ano. A partir de 2018 esse calendário passou a ser feito semestralmente. Segundo o Jornal Extra, para 2019 não há previsão de publicação do calendário.

Crivella em sua administração vem demonstrando total descaso com os servidores, numa linha clara de privilegiar um projeto do empresariado, dos capitalistas e da burguesia local e nacional. Também vincula-se seu projeto pessoal, religioso e das igrejas evangélicas neopentecostais, fazendo com que o funcionário público seja enxergado como o vilão das contas públicas e não o contrário.

Em dezembro, os médicos e profissionais de saúde entraram em greve até que os pagamentos dos salários e das residências médicas fossem normalizados. Os médicos e residentes estavam sem receber a 2 meses e iniciaram a greve no dia 06.

O funcionalismo público municipal deve se organizar com outras categorias que também vem sofrendo com o desmonte e preparar-se para um embate contra as forças desse projeto de sucateamento vindo da prefeitura, mas também contra Witzel e Bolsonaro. Tomemos a luta dos coletes amarelos na França e os milhares de exemplos que a classe trabalhadora organizada em conjunto no Brasil conseguiu para barrar o avanço dos ataques, do imperialismo e do sucateamento e desprezo ao funcionalismo público.