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7,5% de aumento pra tarifa de SP, pro trabalhador 4,6%: não podemos mais pagar pela crise

De acordo com pronunciamento na manhã de hoje (quinta-feira, 03/01) pelo governador do estado de São Paulo João Dória, a tarifa do metrô e CPTM será reajustada para R$4,30, um aumento de cerca de 7,5%. O aumento, que entraria em vigor a partir do dia 13/01, é acima da inflação, registrada em 3,59% para o ano de 2018.

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De acordo com pronunciamento na manhã de hoje (quinta-feira, 03/01) pelo governador do estado de São Paulo João Dória, a tarifa do metrô será reajustada para R$4,30, um aumento de cerca de 7,5%. Já se espera pronunciamento das prefeituras, que determinam os valores de reajuste para outros serviços de transporte da região, para além da SPTrans (ônibus da capital) que já foi anunciada no mesmo valor de Dória.

O aumento, que entraria em vigor a partir do dia 13/01, é acima da inflação, registrada em 3,59% para o ano de 2018. O argumento é de que em 2016 e 2017 não houve reajuste. Além disso, a gestão culpa o subsídio de gratuidade e meia tarifa pelo aumento abusivo, tentando lançar sobre os usuários uma divisão entre estudantes e trabalhadores.

Há alguns anos a crise começa a ser mais sentida no Brasil, e fruto disso os governos federais e estaduais vem buscando formas de fazer com que os trabalhadores e a juventude paguem pela crise, por todas as vias possíveis. Enquanto aumentam em 7,5% a tarifa no estado de SP, o salário mínimo sofre apenas 4,6% de aumento, que num ciclo de alguns anos é parte do processo de profunda desvalorização salarial frente ao índice de inflação acumulado nos últimos anos, o mais alto deles em 2016, ano do golpe, no qual frente a uma inflação de 11,28%, o salário valorizou apenas 6,4%.

O aumento também é justificado sob o argumento de aumento da qualidade do transporte, uma total farsa de muitos pontos de vista. O primeiro deles, na explícita super lotação e baixa cobertura que o transporte público oferece ao usuário paulista e paulistano, que por vezes leva mais de 4h para chegar ao trabalho e voltar para casa. O segundo deles podemos ouvir das denúncias que fazem os trabalhadores metroviários, vítimas de demissões, assédio moral e terceirização do seu trabalho, a última dessas medidas que leva a uma enorme precarização e desvalorização salarial. O terceiro deles ficou explícito durante os últimos meses, nos quais testemunhamos a queda de uma ponte da Marginal Pinheiros, próxima à Cidade Universitária, em torno da qual se levantou um enorme mistério: ninguém sabe quem é o responsável pelo projeto ou onde esteja esse projeto. Governos de ricos e poderosos brincam com a vida e o sustento da população trabalhadora. Aumentam as tarifas para favoreces as máfias do ônibus, os empresários por trás das medidas privatizantes do metrô.

Ataques como o aumento da tarifa é parte de uma política coordenada entre golpistas (judiciário, partidos tradicionais como o PSDB de Dória, seus aliados de extrema direita do PSL de Bolsonaro, tudo sob tutela dos militares) e capitalistas nacionais e imperialistas para fazer os trabalhadores e a juventude pagarem pela crise capitalista.

No dia 10/01, estaremos no 1º Grande Ato Contra o Aumento da Tarifa, levando o programa da estatização do transporte sob gestão dos trabalhadores e controle popular, única forma de enfrentar as tarifas absurdas dos governos de ricos e poderosos e colocar em marcha a força da nossa classe para acabar com as máfias e os cartéis.

 
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