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POSSE DE BOLSONARO
Brasília militarizada e com menos pessoas do que Bolsonaro e a mídia desejavam
Redação
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A família Bolsonaro e todo ministério de Bolsonaro fez numerosas declarações a imprensa esperando uma posse histórica. Esperavam de 200mil a 500mil pessoas, montaram um esquema de segurança e repressão gigantesco, com direito a uso até de tanques de guerra. Só em policiais fardados (e à paisana) há 12mil homens nas ruas.

Esperavam desbancar a posse de Lula em 2003, com seu público oficial de 150mil pessoas. Foi afirmado em numerosas matérias na mídia tanto pelo esquema de segurança de Temer como o de Bolsonaro que hoje haveria ao menos 200 mil pessoas, como pode ser ver nesta matéria:.

O que vimos foram concertinas, tanques, policiais, revistas, como direito ao uso de spray de pimenta como noticiou a Folha de São Paulo às 14h42min, e uma Brasília com menos público do que o esperado.

Brasília não ficou deserta mas está longe de ser um dia histórico como tentam mostrar os jornalistas da Globo, Record e outras mídias amigas de Bolsonaro. As fotos mostram algumas dezenas de milhares de pessoas, infladas por um número imenso de policiais à paisana como oficialmente declarado.

Região de maior público em Brasília, à espera do discurso de Bolsonaro

O aspecto mais chamativo da posse é seu esquema de segurança e impedimento das pessoas portarem até mesmo garrafinhas de água na calurosa capital federal. A militarização levou a críticas do governador do Distrito Federal e um jornalista do jornal O Globo a tweetar uma denúncia de uma militarização sem sequer contar com autorização jurídica:

A mídia também cobriu a posse dizendo que seria a maior festa popular em uma posse em toda a história. Quem foi mais longe nisso foi o Poder360 que dizia ainda hoje “São esperadas de 250 mil a 500 pessoas”. Os mais tradicionais Folha e Estadão também embarcaram neste interessado oba-boa.

Chegada da comitiva presidencial à Catedral de Brasília

Um dos destaques da Folha de hoje, que diferente do de anteontem que enumera os ataques aos direitos dos trabalhadores que desejam que Bolsonaro realize, hoje enumerou suas dificuldades para governar, mas mesmo assim dizia com expectativa: “Para a cerimônia desta terça, 200 mil pessoas são esperadas na Esplanada dos Ministérios, num evento que deve ser comparado somente à primeira posse de Lula, em 2003, quando cerca de 71 mil apoiadores compareceram à capital para ver o ex-metalúrgico assumir o poder.”

O Estadão também contava com uma multidão em um dos seus destaques de hoje, na matéria sobre o esquema de segurança diziam: “Entre os 12 mil militares e policiais destacados para a segurança haverá uma série de agentes infiltrados na multidão (que tem público estimado em pelo menos 250 mil pessoas).”

A TV Globo se esforça na cobertura ao vivo para mostrar aglomerações e dar um ar mais triunfal do que as imagens mostram e estão aquém das expectativas propagadas. Ainda mais se considerarmos as informações do Estadão citadas acima, parte do público presente está composta por milhares de policiais à paisana, que estão remunerados e à trabalho batendo palma para o reacionário presidente.

Uma Brasília militarizada sem decreto e com menos público do que esperado, não conseguindo superar o público da posse de Lula em 2003 como alardearam.

A militarização e público, presente mas menor que o esperado, é uma imagem forte da posse, e dificulta para a mídia ou para o próprio Bolsonaro utilizar largamente o simbolismo de hoje como mostra de força de um “imenso mandato popular” de Bolsonaro para realizar a Reforma da Previdência.

Essa debilidade frente à expectativa “histórica” não significa, no entanto, que isso já seja um sinal de um Bolsonaro já enfraquecido. Para derrotar os ataques de Bolsonaro é preciso organizar a luta da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, dos negros e dos LGBTs em cada local de trabalho e estudo, não para fazer uma "oposição propositiva" como diz escandalosamente Ciro Gomes ou disse Vagner Freitas, presidente da CUT, mas organizando um plano de lutas urgente para derrotar a reforma da Previdência, as privatizações e todos ataques.

 
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