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CAPITALISMO
Emprego deve demorar 10 anos para voltar ao nível antes da crise, toda uma geração perdida
Redação
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Foto: Guilherme Balza. Trabalhadores em fila para emprego no Vale do Anhagabaú, São Paulo

Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgaram projeções que indicam que com sorte o nível de emprego deve voltar ao patamar de 2014 lá pelo ano de 2028, isso se nenhum abalo externo afetar o país. Toda uma geração será perdida se depender dos planos dos capitalistas.

Essa previsão escancara a absurda mentira que foi tão propagada com o impeachment, um golpe institucional para aumentar os ataques que o PT já vinha promovendo, depois com a Reforma Trabalhista que geraria empregos. Essas mesmas mentiras foram repetidas por alguns analistas da burguesia na eleição de Bolsonaro, como se sua eleição fosse melhorar a vida dos brasileiros, e pelo próprio futuro presidente ao prometer que adotando "uma carteira de trabalho verde e amarela, com menos direitos", geraria empregos. Nada mais longe da verdade. O que querem é aumentar os lucros patronais, tendo mais trabalhadores concorrendo por emprego conseguem baratear os salários e aumentar seus lucros.

O desemprego começou a aumentar rapidamente no seguro mandato de Dilma Roussef quando ela provou a mentira de que "não retiraria direitos nem que a vaca tussa", e continuou se desenvolvendo depois com Temer e todos principais analistas e estudiosos prevêem, sem impacto externo - o que não podem estar seguros em meio a previsões de recessão pelo FMI e com a guerra comercial EUA-CHINA - é que o Brasil volte a ter o nível de emprego de 2014 no ano de 2023 (no melhor cenário) ou em 2028 (no cenário médio).

Trata-se de uma geração inteira que passará todo começo de sua vida adulta sofrendo os impactos de uma crise que os capitalistas querem que seja paga com a fome e desempregos dos trabalhadores.

Esta previsão leva em conta as projeções de crescimento do PIB e seu impacto na geração de emprego.

O mais recente Boletim Focus, do Banco Central, projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça cerca de 2,5% no ano que vem. É um resultado melhor que o esperado para 2018, de 1,5%, mas bem abaixo do que o mercado imaginava no começo do ano

Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) têm projeções semelhantes, imaginando um crescimento entre 2,4% e 2,7% em 2019. Se o País mantiver um crescimento médio de 2,5% ao ano, o desemprego, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, só voltará aos 6,8%, registrados em 2014, em quase dez anos, segundo a consultoria Schwartsman e Associados.

Estes números frios se expressam no drama da procura de emprego em toda grande cidade brasileira. O desemprego atinge em primeiro lugar as mulheres, os negros, e os jovens.

Bolsonaro foi eleito com a ajuda do judiciário para impor ataques muito superiores à classe trabalhadora, garantindo a reforma da Previdência e a retirada de vários direitos. Os estatísticos da burguesia mostram como o plano que eles tem para o país não é um de miséria, desemprego. Não podemos permitir, temos que superar o acordo tácito das burocracias sindicais com as patronais e com o futuro governo, aceitando esses ataques em cada fábrica e local de trabalho e negociando a reforma da Previdência, é preciso se organizar em cada local de trabalho e impor um plano de luta para que a crise seja paga pelos capitalistas.

 
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