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CONFLITOS COMERCIAIS
Japão anuncia compra bilionária de caças norte americanos em meio a tensões com a China
Redação

Os gastos bilionários previstos para os próximos cinco anos são previstos no plano quinquenal de defesa, aprovado nessa terça feira. Segundo Tóquio, a escalada inédita se justificaria por ameaça chinesa na região.

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Foi aprovado nessa terça feira (18/12) o plano de defesa quinquenal japonês, que prevê gastos militares, além dos rumos da defesa no país. Nele, está prevista a compra de mais de cem caças F-35, de fabricação norte americana, por um valor estimado de até US$ 10 bilhões, mais do que dobrando a atual frota de F-35s japonesa.

A compra deve incluir 42 caças F-35B, caças especializados de combate capazes de decolagens verticais e pousos em pistas curtas. Além disso, Tóquio aprovou a conversão de dois navios militares em porta-aviões, sem capacidade integral (por conta de seu tamanho reduzido), mas ainda próprios para receber caças, embora o ministério da defesa negue que estes permanecerão estacionados nas embarcações.

O anúncio é uma novidade na história recente japonesa, uma vez que desde sua derrota na Segunda Guerra Mundial e a subsequente ocupação americana, a constituição do Japão restringe a aquisição de poderio militar à autodefesa. Contudo, o primeiro ministro, Shinzo Abe, tem feito avanços significativos para forçar o que a constituição permite. A própria aprovação do plano vem como um avanço político nesse sentido, uma vez que dá ao Japão capacidade de empreender ataques militares fora de seu território.

A grande justificativa do primeiro ministro e sua equipe para a escalada em armamento é a crescente ameaça chinesa na região. Segundo eles, a expansão militar e econômica da China representa um perigo estratégico para o Japão. A de Shinzo Abe tem a dizer que “com um pano de fundo de força, a China está tentando mudanças unilaterais ao status quo, baseada em suas próprias afirmações que são inconsistentes com a ordem internacional existente.

Isto é uma causa para uma séria preocupação com a segurança nacional para a região e a sociedade internacional, e precisamos vigiar [a China] com um alto grau de atenção”. A China e o Japão, inclusive, já tem um histórico de disputa de vários territórios estratégicos no mar da região por questões de rotas de troca e tráfego de navios, passando pelos portos mais cheios do mundo.

Isso ocorre ao mesmo tempo, que as tensões entre os Estados Unidos e a China crescem, em meio a uma guerra comercial e a ameaça da escalada de tensões. Exercícios militares dos EUA na região recentemente já aumentam ânimos, frente a ameaças à Coréia do Norte, que o Japão também cita como crescente “ameaça”. Agora, é justamente com os EUA de Donald Trump que Abe deve fechar um acordo bilateral para a compra dos armamentos.

Enquanto crescem as tensões do tabuleiro imperialista na arena global, em meio à estagnação econômica de mais de uma década que sucedeu a crise de 2008 e não tem previsão para acabar, potências imperialistas como os Estados Unidos e a China mais e mais se preparam, em tantos terrenos quanto possível, para eventuais enfrentamentos por influência e hegemonia econômica mundial. A possibilidade de enfrentamentos do Japão (com sua proximidade militar e econômica com os EUA) contra o expansionismo chinês e seu controle do mercado de exportações da região da Ásia-Pacífico são só uma direção para qual esse conflito aponta.

 
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