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ESCOLA SEM PARTIDO
Reacionário projeto Escola sem Partido é arquivado sem votação na Câmara
Redação

Reunião de comissão da Câmara presidida pelo DEM, com apoio da bancada fundamentalista, que junto a Bolsonaro incentiva o movimento que quer calar professores em sala de aula, é encerrada sem votação do parecer do projeto.

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O deputado Marcos Rogério (DEM) declarou o encerramento dos trabalhos da comissão que decidiria pela relatoria do projeto Escola sem Partido, após 12 sessões e algumas tentativas de votação. Com o sentido de criar em base à censura um movimento de assédio aos professores em sala de aula, o arquivamento do projeto na Câmara se trata de uma derrota importante à base de Bolsonaro e a todos os setores conservadores que pretendiam com isso avançar contra a juventude e os debates nas escolas e desarticular o combate aos duros ataques econômicos, como a Reforma da Previdência e as privatizações. Não à toa, mira contra a categoria de professores, que se enfrenta historicamente com os ataques à educação e ao conjunto dos trabalhadores, como os professores municipais de São Paulo que derrotaram Dória e seu Sampaprev no início do ano.

Nas últimas semanas, ainda mais frente à escolha com apelo da bancada religiosa do reacionário ministro da Educação, Vélez Rodríguez, que dentre outras declarações, defende a ditadura militar e o fim do pensamento crítico nas escolas, o projeto Escola sem Partido tem dividido opiniões até mesmo entre ideólogos e jornais burgueses, como Olavo de Carvalho e a revista Veja.

Para Olavo, saudando os “nobres e corretos” objetivos de avançar em uma escola de pensamento único e censura, era motivo de alerta o caráter explosivo de tal ataque de poder despertar a organização de distintos setores da sociedade e dificultar a necessidade emergencial de Bolsonaro de aprovar seu projeto de educação privatizante e de descarregar a crise contra os trabalhadores, com a tão esperada Reforma da Previdência.

Se, por um lado, agora o alerta se comprova, do ponto de vista de uma importante derrota na Câmara, também se comprova a imperiosa necessidade em avançar na preparação de um grande combate, que impeça qualquer retorno desse projeto reacionário e também consiga impor uma derrota aos planos de Bolsonaro e dos golpistas de conjunto contra a educação e a classe trabalhadora. Para isso, a força dos professores organizados em cada escola e da juventude em unidade será fator fundamental.

Ao contrário da oposição saudada por Marcos Rogério em suas declarações, será no terreno das lutas nos locais de trabalho e estudo, por meio de tornar os sindicatos e entidades estudantes ferramentas fundamentais, que poderemos avançar para impor derrotas definitivas a Bolsonaro e impedir o projeto privatizante de educação em curso. Para isso, o PT e PCdoB, à frente de grandes centrais sindicais do país e da UNE, devem confiar na força dos trabalhadores e estudantes, e não em uma mera oposição institucional contra os ataques.

Nós do Esquerda Diário desde o início nos colocamos como importante ferramenta de combate dos professores, a serviço de denunciar qualquer movimento de assédio e censura em sala de aula, e queremos com isso ser parte de preparar e organizar os combates no próximo período contra todos os setores da extrema direita e dos golpistas, para que a crise seja paga pelos capitalistas.

 
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